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Promotoria exige pena de morte para 4 acusados de assassinato

Pena de morte é declarada constitucional na Coreia do Sul em decisão controversa  

Na última segunda-feira, um pedido de pena de morte marcou a cena no Tribunal Distrital Central de Seul, ecoando em todo o país.

Promotores solicitaram a sentença máxima para quatro suspeitos envolvidos no sequestro e assassinato brutal de uma mulher no coração de Seul, em março deste ano. 

Na audiência decisiva, os promotores defenderam com firmeza a pena de morte para Lee Kyeong-woo, identificado como o mentor, e Hwang Dae-han, cúmplice direto na tragédia.

Yeon Ji-ho, cúmplice, enfrenta prisão perpétua. A promotoria buscou a pena de morte para o casal Yoo Sang-won e Hwang Eun-hee, acusado de financiar o crime.

Os eventos que culminaram nessas acusações chocantes ocorreram quando, em 29 de março, Lee, Hwang e Yeon sequestraram uma mulher de 48 anos nas proximidades de Gangnam.

No dia seguinte, a vítima perdeu a vida e seu corpo foi ocultado em uma colina em Daejeon, aproximadamente 140 quilômetros ao sul de Seul. 

Agravando a situação, há a premeditação que, segundo investigadores, foi um elemento central neste caso. De acordo com a alegação, Lee, Hwang e Yeon, que mantinham uma amizade da faculdade, além de Yeon, empregado na agência de entregas de Lee, estavam envolvidos na vigilância da vítima antes do sequestro.

Motivação

O motivo por trás desse crime hediondo parece ser um conflito relacionado a um investimento fracassado em criptomoedas.

Por conseguinte, o casal Yoo Sang-won e Hwang Eun-hee supostamente entregou a Lee uma quantia substancial, avaliada em 70 milhões de won (cerca de US$ 51.600), visando à aquisição dos ativos virtuais da vítima, seguida de sua eliminação.


Parlamento na Coreia do Sul (Foto: Divulgação/Reprodução joins.com)


Em sua alegação perante o tribunal, os promotores enfatizaram a gravidade do ato, descrevendo-o como “além das palavras”.

Nesse sentido, eles também enfatizaram a importância de uma punição rigorosa, visando à responsabilização e ao alívio das famílias e da chocada comunidade de Gangnam.

Os advogados de Lee e Hwang refutaram com firmeza as alegações de premeditação, iniciando uma acirrada disputa legal que se desenrolará nos tribunais sul-coreanos.

Essa decisão de buscar a pena de morte na Coreia do Sul é notável, dado que o país não executa penas de morte desde 1997.

O Ministério da Justiça revelou que, até o momento da audiência, 59 pessoas – 55 civis e quatro militares – permaneciam no corredor da morte no país. 

Em maio deste ano, a Anistia Internacional classificou a Coreia do Sul como abolicionista da pena de morte na prática, conforme indicado em seu relatório anual, afinal o pais não executava penas de morte a muito tempo

Ademais, o caso em questão, sem dúvida, reacenderá o debate sobre a aplicação da pena de morte neste país.

Por fim, a decisão do tribunal e o destino dos réus envolvidos nesse hediondo crime se tornarão, sem dúvida, um ponto central nas discussões sobre justiça, direitos humanos e a aplicação da pena de morte na Coreia do Sul.

Foto Destaque: suspeito do assassinato (Divulgação/Reprodução Yonhap)

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