China repatria à força desertores norte-coreanos
China repatria à força cerca de 600 desertores norte-coreanos somente nesta semana
A China aumentou significativamente o número de deportações de norte-coreanos desertores, seiscentos somente nesta semana. Entretanto, os dados foram fornecidos pelo grupo cívico Transitional Justice Working Group (TJWG) da Coreia do Sul. O fato ocorreu no início desta semana, logo após o término dos Jogos Asiáticos em Hangzhou apesar dos apelos de Seul contra a repatriação forçada.
A Justiça para a Coreia do Norte se manifestou. Ele afirmou que deportaram centenas de desertores norte-coreanos na noite de segunda-feira (9). As autoridades os detiveram nas províncias de Jilin e Liaoning na China. Certamente, foram para aquele país passando por cidades próximas à fronteira com a Coreia do Norte, como Dandong e Hunchun.
Quando começou:
A China começou a enviar de volta cerca de 90 desertores norte-coreanos em dois ônibus desde o final de agosto. Simultaneamente, completou a repatriação forçada de cerca de 2.600 desertores, de acordo com o grupo TJWG.
Por outro lado, mais cedo no dia, uma mídia local veiculou um relatório semelhante sobre a repatriação em massa de tais desertores pela China.
Se a afirmação do grupo se mostrar verdadeira, será a primeira repatriação em larga escala de refugiados norte-coreanos pela China desde que Pyongyang abriu recentemente suas fronteiras após três anos e sete meses de bloqueios devido à Covid-19.
“Estamos acompanhando de perto o assunto“, disse o Ministro da Unificação, Kim Yung-ho. Quando estava em uma auditoria parlamentar do ministério responsável pelos assuntos intercoreanos.
“Estamos continuando a verificar os fatos“, disse ele. Acrescentou que o ministério expressou sua posição em várias ocasiões. Isso foi feito por meio de canais diplomáticos de que a China não deveria repatriar desertores à força.
O Serviço Nacional de Inteligência, a agência de espionagem da Coreia do Sul, disse que está ciente do que o grupo cívico TJWG divulgou sobre a repatriação e está trabalhando para verificar os detalhes.
Foto destaque: Fronteira China/Coreia do Norte. Reprodução/REUTERS / Kim Hong-Ji