YG Entertainment adota medidas legais contra deepfakes
YG Entertainment impõe medidas severas contra criadores de deepfakes do BLACKPINK, BABYMONSTER e mais artistas da agência
Após vazamento de grupos que compartilhavam imagens pornográficas de mulheres geradas por inteligência artificial (IA), algumas idols da indústria do K-Pop foram identificadas como vítimas desses conteúdos maliciosos. Na última segunda-feira (2), a YG Entertainment publicou um comunicado oficial informando ter conhecimento desses materiais inapropriados envolvendo seus artistas, principalmente BLACKPINK e BABYMONSTER. A empresa afirmou que tomará medidas legais rigorosas para proteger a reputação de seus talentos.
No comunicado, a empresa informou que está monitorando e excluindo os conteúdos envolvendo seus artistas nos grupos de chat do Telegram, a fim de proteger sua reputação e privacidade: “Estamos monitorando continuamente a natureza generalizada e maliciosa desta atividade ilegal, trabalhando para excluir/bloquear vídeos ilegais e tomando todas as medidas legais possíveis, incluindo processos criminais”. A situação é ainda mais alarmante se considerarmos que as integrantes do BABYMONSTER têm entre 22 e 15 anos e, das sete membros, cinco são menores de idade (19 anos na Coreia).
A YG reforçou que não irá tolerar esses conteúdos que ferem a imagem e a privacidade dos artistas sob sua gestão. A empresa também expressou preocupação com o uso indevido de tecnologia para cometer crimes sexuais. Reiterou ainda seu compromisso em proteger seus artistas tanto presencialmente quanto online, e informou que está trabalhando com especialistas da área jurídica para identificar e responsabilizar legalmente os criminosos.
Deepfakes envolvendo a indústria do K-Pop
Segundo um relatório, mais de 200 idols femininas da indústria do K-Pop foram vítimas de crimes sexuais online, incluindo deepfakes.Entre as artistas identificadas estão Jennie e Lisa do BLACKPINK, Minji do NewJeans, Sana do TWICE, Yuna do ITZY, Irene do Red Velvet, Karina do aespa, IU, entre outras. Apenas um grupo de chat contava com mais de 2.161 homens participando da produção e distribuição de deepfakes envolvendo integrantes do girl group IVE.
Recentemente, a JYP Entertainment também se posicionou contra esses materiais envolvendo seus artistas. Em anúncio, a empresa prometeu agir sem tolerância ao tema e afirmou que tomará medidas legais: “Estamos adotando uma resposta legal robusta, sem tolerância para vídeos deepfake, em colaboração com um escritório de advocacia especializado”. A empresa reforçou que protegerá os direitos de seus artistas: “Abordaremos firmemente quaisquer ações que violem os direitos de nossos artistas.”
Explosão de casos de deepfakes na Coreia
Em 26 de agosto, a Agência de Polícia Metropolitana de Seul e especialistas da indústria de TI do país identificaram um crescimento significativo de crimes sexuais online cometidos contra jovens menores de idade. Esses crimes na internet visam alterar as fotos pessoais de jovens, principalmente meninas, recortando seus rostos e anexando imagens explícitas de corpos de pessoas desconhecidas. As imagens estariam sendo compartilhadas em grupos de chat, especialmente no Telegram.
Foto destaque: sede da YG Entertainment em Seul, Coreia do Sul. Reprodução/YG Entertainment