Museu explora a cultura estrangeira no K-Pop e em K-Dramas
A influência de culturas estrangeiras tem crescendo bastante, devido a isso o artista Kwon fez a exposição com diversos itens hallyu.
No terceiro andar do Museu Nacional de História Contemporânea Coreana, no centro de Seul, existe uma prateleira cilíndrica repleta de diversas ondas coreanas ou itens “hallyu” que vão desde o estatuetas do grupo masculino de K-pop BTS a um agasalho verde apresentado no drama despótico de sucesso de 2021, “Squid Game”.
Os produtos por si só já chamam a atenção, mas não são as únicas “jóias” da exposição “A cultura pop que amamos e a ascensão da onda coreana”, que começou em 19 de julho, retrata visualmente como a Coreia vem aceitando diferentes culturas estrangeiras para construir seu próprio legado.
A seção hallyu está localizada em uma área ao ar livre no centro da sala de exposições e possui outras três seções que cercam a seção hallyu apresentando produtos culturais dos Estados Unidos, Japão e Hong Kong, respectivamente. De acordo com o curador Kwon Gi-jun, o posicionamento simboliza abertura e interconexão.
“Muitas exposições de história exibem seus trabalhos em ordem cronológica para ajudar os visitantes a rastrear a história com facilidade, mas nos concentramos mais em mostrar como a Coreia foi afetada pelas culturas pop de outros países e como conseguiu alcançar diversidade e criatividade por meio de interações“, Kwon disse em uma entrevista recente ao The Korea Times realizada no museu. “É por isso que nossa seção hallyu principal está bem no centro. Não tem paredes ou portas e é visível de qualquer lugar do corredor.“
De acordo com Kwon, o museu de história contemporânea decidiu realizar sua própria exposição hallyu após Victoria e Albert Museum (V&A) em Londres – um dos maiores museus de arte e design do mundo fundado em 1852 – iniciou sua mostra “Hallyu! The Korean Wave” em 2022. Ele apresenta cerca de 200 itens, incluindo roupas vestidas pelo grupo feminino de K-pop aespa.
“Sentimos a necessidade de historicizar o hallyu antes que seja tarde demais“, observou Kwon. “Em muitos casos, um fenômeno pode ser classificado como histórico se durar mais de três décadas. Embora nem todos concordem que este ano marca o 30º aniversário do nascimento de hallyu, ainda é um ano marcante porque a Coréia lançou a série de TV ‘ What Is Love’ ― que é conhecido como o primeiro drama coreano a se tornar um sucesso na China ― nessa época e começou a exportar seu conteúdo cultural.“
A exposição “A cultura pop que amamos e a ascensão da onda coreana” busca enriquecer a experiência dos visitantes, oferecendo sessões onde eles podem cantar, dançar e tirar fotos.
Kwon diz que o objetivo da exposição é entreter os visitantes, e que não quer que eles embarquem na cultura pop de uma forma chata, por isso a exposição tem diferentes sessões, para poder desfrutar o momento ao invés de o hallyu em palavras. Kwon completa dizendo: “Um dos destaques é a seção ‘Random Play Dance’, onde os visitantes pode dançar junto com os fãs de K-pop de todo o mundo.”
A exposição ainda permite que os visitantes caminhem pela estrada da memória. Que mostra alguns dos itens culturais mais populares da Coreia durante o século 20, como o LP “The Thriller” do cantor pop americano Michael Jackson (1958-2009), os videocassetes do filme de Hong Kong “A Better Tomorrow” e a popular história em quadrinhos “Mink” do Japão. Cerca de 30.000 pessoas compareceram à exposição nos primeiros 16 dias e muitas delas eram estrangeiras, acrescentou Kwon.
A exposição “A cultura K-Pop que amamos e a ascensão da onda coreana” vai até o dia 3 de setembro.
Foto destaque: Exposição “A cultura K-Pop que amamos e a ascensão da onda coreana” (Dong Sun-hwa)