HYBE permanece em silêncio e enfrenta mais críticas após polêmicas
Mesmo após se envolver em novas controvérsias e enfrentar ameaças de boicote de alguns fandoms, a HYBE permanece em silêncio
A Hybe, líder no valor de mercado entre as empresas de entretenimento da Coreia do Sul, considerada um exemplo na indústria, está enfrentando uma grave crise de imagem. A empresa, que foi alvo de críticas tanto de fãs de K-pop quanto de profissionais do setor, parece adotar uma postura silenciosa, esperando que a situação se resolva sozinha, em vez de tomar medidas concretas para solucioná-la. A principal controvérsia em questão envolve a divulgação de um relatório interno ofensivo, que avalia de forma depreciativa ídolos de empresas concorrentes.
A crise começou quando um relatório interno da Hybe foi revelado durante uma audiência parlamentar. O documento trazia avaliações negativas sobre ídolos de empresas como SM, JYP, YG e outras agências menores. Trechos do relatório começaram a se espalhar em comunidades online, amplificando o escândalo e gerando reações de indignação tanto do público quanto de outros profissionais da indústria do entretenimento. “A cena do K-pop já foi criticada por tratar ídolos como mercadorias, e há um esforço contínuo para melhorar as condições. Mas o vazamento desse relatório da HYBE faz parecer que todos esses esforços foram em vão. O fato de esse documento ter circulado internamente por tanto tempo sem críticas reflete os valores da empresa”, afirmou um funcionário da indústria.
A situação se agravou ainda mais quando Seungkwan, membro do grupo Seventeen da Pledis, subsidiária da Hybe, publicou uma mensagem que parecia criticar as atitudes da empresa. Em uma postagem no Instagram, ele declarou: “Espero que não subestimem os ídolos. Não temos motivo para sermos parte da narrativa de vocês, assim como outros artistas. Não somos seus itens para usar e abusar como bem entenderem”. Isso levou ao aumento das críticas à empresa e ao início de boicotes de vários fandoms, principalmente fãs do Seventeen. Foi iniciada uma petição pública contra a Hybe, pedindo que a empresa perca o título de “Empresa com Emprego de Excelência”, concedido pelo Ministério do Trabalho.
Em resposta ao escândalo, o CEO da Hybe, Lee Jae-sang, divulgou um pedido de desculpas, explicando que o relatório foi criado para coletar reações sobre o mercado e os artistas, sendo compartilhado apenas com alguns líderes da empresa. E, também se comprometeu a entrar em contato com as agências mencionadas para pedir desculpas. No entanto, profissionais da indústria criticaram a falta de ações concretas, apontando que a divulgação do relatório contradiz os esforços para melhorar a imagem do K-pop e aumentar a proteção dos artistas. Um profissional da indústria afirmou: “É chocante que uma empresa de primeira linha como a Hybe tenha criado e compartilhado um documento tão grosseiro. Embora a Hybe tenha prometido ligar para cada agência mencionada no documento para pedir desculpas, até agora não houve qualquer ação concreta.”
O silêncio da HYBE
A confiança do público na Hybe, que já estava abalada por fatores como os altos preços de álbuns e produtos, a proteção insuficiente de seus artistas e a crise envolvendo a ex-presidente Min Hee-jin da ADOR, desde abril, atingiu seu ponto mais baixo com o recente incidente. Apesar disso, a empresa tem permanecido em silêncio desde a carta de desculpas de seu CEO, e, segundo alguns profissionais da indústria, ainda não tomou nenhuma ação concreta. O fundador da Hybe, Bang Si-hyuk, que teria autorizado a divulgação do relatório, não se pronunciou e parece estar se esquivando das responsabilidades, deixando sua equipe lidar com a crise. Esse silêncio tem sido amplamente criticado, à medida que a desconfiança do público continua a crescer.
Foto destaque: Fachada da HYBE. (Reprodução/Site Oficial/HYBE Corporation)