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Governo é criticado por liberação de águas residuais de Fukushima

Os grupos cívicos e a oposição política vem expressando preocupação sobre a liberação da águas residuais de Fukushima.

As medidas que o governo sul-coreano vem tomando para monitorar a liberação planejada do Japão de águas residuais radioativas tratadas da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi estão atraindo críticas, pois Seul cedeu às exigências iniciais onde garante a segurança da população.

O governo promete “dobrar e triplicar seus esforços para evitar qualquer impacto adverso na saúde pública”. Entretanto grupos cívicos e a oposição tem expressado mais preocupação e dúvidas na quarta-feira (23), um dia antes do início da liberação planejada de águas residuais em Tóquio. Na terça-feira (22), o governo anunciou uma série de acordos com o Japão abordando as preocupações de segurança da Coréia.


Um grupo cívico realiza uma manifestação em frente à Embaixada do Japão no distrito de Jung, Seul. (Foto: Reprodução/Yonhap)

O governo sul-coreano inicialmente pediu uma série de medidas de monitoramento, que incluía ter especialistas coreanos acompanhando a liberação da água. No entanto, uma proposta da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) foi aceita, onde permite que especialistas coreanos visitassem o local em uma determinada frequência, mas não permanecessem ali permanentemente.

Entendemos que é difícil ter especialistas coreanos no local, dada a (questão de) justiça com outros países e outras consequências projetadas“, disse Park Ku-yeon, primeiro vice-chefe do Escritório de Coordenação de Políticas Governamentais.

O governo acredita que a proposta da AIEA é uma medida de monitoramento eficaz, comparável ao envio de especialistas. Achamos que este é um gesto de boa fé do Japão e não temos planos de levantar ainda mais a questão de ter especialistas estacionados (lá)”.


Funcionários da Tokyo Electric Power Company (TEPCO) verificam amostras de águas residuais da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi. (Foto: Reprodução/TEPCO)

Os compromissos alcançados entre a Coréia e o Japão incluem a criação de “linhas diretas de comunicação” e a promessa do Japão em publicar dados relacionados ao lançamento a cada hora online. Porém, as preocupações sobre a frequência com que os especialistas coreanos poderão visitar o site e a extensão de sua capacidade de monitoramento, ainda continuam altas. Além do envio de especialistas coreanos, apenas duas das quatro estipulações técnicas que o governo coreano entregou ao Japão foram acordadas.

Japão prometeu planejar com as demandas da Coréia; para a recondução de avaliações de radiação no caso de mudanças nos termos da fonte (tipos e quantidades de material radioativo liberado para o meio ambiente após um acidente); e fazer uma avaliação da exposição dos residentes à radiação com base nas emissões reais de nuclídeos.

Toda via, Tóquio adiou as discussões sobre a redução do período de inspeção dos filtros do Sistema Avançado de Processamento de Líquidos (ALPS) e a adição de cinco radionuclídeos adicionais para as medições anuais de concentração da entrada e saída do ALPS. Apesar dos compromissos, Park disse: “Garantimos um sistema de monitoramento eficaz e multicamadas que atende às demandas da Coréia“.

Além da oposição e grupos cívicos terem dúvidas sobre a liberação da água residual de Fukushima; Hong Kong vai proibir “produtos aquáticos” de 10 províncias japonesas, disse um ministro do governo na terça-feira (22), depois que o líder da cidade, John Lee, condenou os planos de Tóquio em liberar a água da usina nuclear de Fukushima.


Foto de arquivo tirada em 27 de março de 2011 mostra um manifestante usando uma máscara de gás enquanto protestava contra usinas nucleares em frente à sede da Tokyo Electric Power Co (TEPCO) em Tóquio, após o acidente nuclear em Fukushima (Foto: Arquivo/AFP/Yonhap)

O Japão disse que a liberação gradual no mar de mais de 500 piscinas olímpicas de água, é segura, a visão é apoiada pela agência atômica da ONU. Mas a decisão incitou uma reação negativa dos vizinhos Coreia do Sul e China, bem como do centro financeiro de Hong Kong – o segundo maior receptor de produtos alimentícios do Japão depois da China continental, já que a comida japonesa é extremamente popular em Hong Kong, lar de mercearias especializadas em frutos do mar importados, bem como restaurantes sofisticados omakase.

A decisão de terça-feira, acontece no mesmo dia em que o governo japonês anunciou que começaria a descarregar a água, onde o líder da cidade, John Lee, responsabiliza Tóquio por decidir “por conta própria”.

O desastre de Fukushima, foi um acidente que aconteceu na Central Nuclear de Fukushima I em 11 de março de 2011, devido um derretimento de três dos seis reatores nucleares da usina. A falha ocorreu quando a usina foi atingida por um tsunami devido o terremoto de 9 graus de magnitude na Escala Richter, que atingia o Japão naquele mesmo dia.

Foto destaque: Um grupo cívico realiza uma manifestação em frente à Embaixada do Japão no distrito de Jung, Seul. (Reprodução/Yonhap)

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