Dificuldades após terremoto de Noto causam preocupação
Autoridades locais buscam reforços para lidar com os sobreviventes do terremoto de Noto
A última segunda-feira (15), marcou duas semanas após o acontecimento do terremoto na Península de Noto com intensidade sísmica máxima de 7. Pelo menos 222 pessoas morreram e 22 permanecem desaparecidas. Apesar dos esforços, as autoridades se preocupam com as condições adversas dos sobreviventes no centro de evacuação.
Diante dessa situação, a prevenção de mortes relacionadas ao desastre, incluindo doenças, é um desafio. Segundo as autoridades, pelo menos 13 pessoas morreram devido à doenças súbitas ou crônicas enquanto estiveram em um abrigo. No domingo, cerca de 20 mil pessoas alojadas em locais de evacuação continuavam sem água e energia.
Uma vez que a maioria dos desalojados pelo terremoto são pessoas que precisam de cuidados especializados ou idosos, é necessário uma grande demanda de profissionais, mas a equipe designada para o trabalho com eles não está suprindo as necessidades. O ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar Social do Japão começará a enviar reforços para as instalações de cuidado em Ishikawa.
Deslocamento da costa
De acordo com a Autoridade de Informação Geoespacial do Japão (GSI), o terremoto de Noto possui magnitude máxima 7 na escala Ricther provocou um deslocamento de aproximadamente 200 metros da costa.
Cientistas do Instituto de Pesquisa de Terremotos da Universidade de Tóquio encontraram elevações costeiras causadas pelo terremoto em 10 lugares próximo da costa noroeste da Península de Noto. A partir da análise de satélites foi possível ter mais precisão acerca do nível de deslocamento em direção ao mar, contendo pontos mais visíveis no porto de Nafune, na cidade de Wajima e na baía de Minazuki.
Veja as imagens do antes e depois do abalo sísmico que foram compartilhada no X (antigo Twitter):
Ali, é possível observar o surgimento de faixas de areia em áreas que estavam submersas. O epicentro do terremoto e do deslocamento de terra foi justamente na Península de Noto.
Em meio ao cenário catastrófico, as buscam continuam e as autoridades procuram melhorar os centros de evacuação, assim como reestruturar as áreas abaladas e fornecer ajudar àqueles que ainda estão sem acesso à água e eletricidade.
Foto destaque: imagem de residências destruídas por terremoto em Noto. Reprodução/Ministério da Defesa do Japão
