Coreia do Sul e Japão retomam negociações sobre exploração de recursos submarinos
Após 40 anos, Coreia do Sul e Japão reiniciam conversas sobre exploração de petróleo e minerais submarinos na plataforma do Mar da China
A Coreia do Sul e o Japão realizarão nesta sexta-feira (27), em Tóquio, a primeira reunião desde 1985 para discutir a exploração conjunta de recursos submarinos. Segundo o Ministério das Relações Exteriores sul-coreano, a reunião marca a retomada das negociações sobre o desenvolvimento de petróleo e minerais subterrâneos no Mar da China Oriental, com o objetivo de avaliar o progresso do acordo bilateral assinado em 1974.
O aliança, firmada para explorar uma área de 82.557 quilômetros quadrados da plataforma continental ao sul da Ilha de Jeju, busca reconciliar as disputas territoriais entre os dois países. No entanto, as negociações foram interrompidas nos anos 1990 devido à falta de poços economicamente viáveis, e o Japão mostrou resistência em continuar os esforços de exploração. A reunião é considerada crucial, pois o acordo de 50 anos, válido até 2028, pode ser rescindido em 2025, com três anos de aviso prévio.
O Japão havia se recusado a participar de reuniões anteriores, alegando que os recursos naturais na Zona de Desenvolvimento Conjunto (JDZ) não eram mais viáveis. Especialistas acreditam que o Japão agora aceita discutir devido à proximidade do prazo para encerrar ou estender o acordo. O encontro desta semana será liderado por altos representantes dos dois países, com foco na avaliação da implementação do acordo e na possibilidade de novas explorações.
A Coreia do Sul planeja apresentar avaliações econômicas sobre o potencial da JDZ e sugerir colaborações de pesquisa entre empresas privadas de ambos os países. O Japão ainda não designou uma concessionária para explorar a área, enquanto a Coreia do Sul continua interessada em ampliar os esforços de exploração. As discussões também abordarão o futuro da JDZ, Zona de Desenvolvimento Conjunto, uma vez que sua dissolução pode deixar a área sob jurisdição compartilhada.
Foto destaque: bandeiras do Japão e Coreia do Sul. Reprodução/Quizur