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Passageiros viajando de ônibus na Coreia do Sul

Coreia considera contratar estrangeiros como motoristas de ônibus

Coreia do Sul avalia expansão de vistos para atrair motoristas estrangeiros e suprir demanda por mão de obra no transporte público

Nos grandes centros urbanos da Coreia do Sul, como a capital Seul, a falta de motoristas de ônibus comunitários tornou-se um problema perceptível. Ônibus de pequeno porte, conhecidos no país como ‘maeul’, conectam bairros residenciais a estações de metrô e terminais principais, sendo essenciais para a mobilidade da população local. No entanto, a baixa atratividade da função e a busca por melhores oportunidades têm reduzido o número de coreanos dispostos a preencher as vagas de motoristas.

Para contornar a situação, o governo sul-coreano propôs a inclusão da categoria no visto E-9, destinado a trabalhadores estrangeiros em funções não especializadas. Essa proposta foi oficialmente apresentada ao Escritório de Coordenação de Políticas Governamentais no mês passado e encaminhada ao Ministério do Emprego e Trabalho, que atualmente a está avaliando. A medida visa aumentar a oferta de mão de obra no setor de transporte público, especialmente em áreas com escassez de motoristas. A proposta também sugere a ampliação do período de emprego de três para cinco anos.


Ônibus comunitários sul-coreano, ‘maeul’, em circulação. (Foto: Reprodução/ Kojects)


Além dos motoristas de ônibus, a contratação de cuidadores estrangeiros para atender famílias locais também tem chamado a atenção. Após uma fase inicial de testes, a gestão pública planeja ampliar a iniciativa, aumentando significativamente o número de profissionais recrutados de países como Filipinas, Indonésia e Vietnã. A ideia é expandir o suporte em áreas como cuidados infantis e atendimento a idosos, setores que refletem mudanças demográficas e culturais no país. Na construção civil, os desafios são igualmente críticos. O envelhecimento da força de trabalho e o desinteresse dos jovens por trabalhos braçais têm deixado o setor em crise.

Em resposta, a Coreia busca flexibilizar as regras para vistos especializados, como o E-7-3, e atrair profissionais qualificados para funções técnicas, incluindo manuseio de concreto e estruturas de aço. As medidas reforçam a estratégia da administração do presidente Yoon Suk Yeol de integrar trabalhadores estrangeiros à economia do país, seja em funções não qualificadas ou em posições mais técnicas. Enquanto isso, a sociedade acompanha como essas políticas poderão moldar o futuro do mercado de trabalho e a dinâmica social coreana.

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Foto Destaque: Passageiros viajando de ônibus na Coreia do Sul. Reprodução/ Used Vending

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