Coreia anuncia revisão de políticas de imigração e vistos
Coreia anuncia revisão de políticas de imigração e vistos para crescimento futuro, o governo vai expandir as emissões dos vistos para ter um aumento de pessoas na idade ativa no país.
A Coreia do Sul vem enfrentando um momento de desaceleração na economia e com o crescimento de uma população envelhecida e que não possui mais idade e força para trabalhar; devido à isso, o Ministério das Finanças, anunciou na terça-feira (3) – fuso horário de Brasília -, que irão adotar políticas mais abertas em relação à imigração, com o intuito de aumentar o crescimento econômico.
Um dos principais motivos para uma política mais flexível é aumentar o número da população economicamente e fisicamente ativa no país, por meio de uma revisão dos vistos e das atuais políticas de imigração.
O governo pretende expandir o escopo e o período dos vistos emitidos para estrangeiros, e aumentar a cota de vistos de trabalho para a força de trabalho profissional. Assim como a emissão estendida de vistos para trabalhadores com qualificação, a ativação de vistos baseados na região, também faz parte da nova política.
O governo pretende aumentar, especificamente, a cota de vistos de trabalho E-7-4 durante o segundo semestre desse ano. A revisão da cota de visto E-9 tem previsão para 2024. A emissão dos vistos que tem como base a região, é positiva para quem busca trabalho a longo prazo nas comunidades agrícolas e pesqueira do país. O governo sul-coreano pretende apoiar projetos de planejamento comunitário e em projeto para as áreas rurais, para ter uma melhora na qualidade de vida na região.
O ministério explicou que devido aos declínios contínuos na força de trabalho, registram um potencial de crescimento na economia nacional. Apelou também a uma resposta estrutural para poder resolver o problema no domínio da imigração e da política de vistos.
Queda na natalidade e pouco interesse em casamento
O governo sul-coreano possui políticas que servem para aumentar a taxa de natalidade e de casamentos, como: Reforçar os benefícios para o casamento, o auxílio-maternidade e o auxílio-creche cooperativo; é um incentivo feito para a formação de famílias; além disso são fornecidas também isenções e deduções fiscais aumentadas para os recém-casados. O governo também tem o intuito iniciar um programa piloto para empregadas estrangeiras no segundo semestre de 2023.
A situação no país é preocupante, segundo um levantamento feito pelo escritório de estatísticas no início de 2023, o número de bebês por mulher caiu para 0,78; em 2021 esse número era de 0,81. Especialistas dizem que pode levar décadas para a Coreia poder atingir a média 2,1 bebês por mulher no país, o necessário para manter a população estável sem a imigração.
Enquanto todas essas ações são feitas, o governo pretende fortalecer a cooperação e parceria internacional, para poder criar um ambiente seguro e estável para as gerações futuras. O país planeja dobrar o valor da Assistência Oficial de Desenvolvimento (ODA) até 2030, em relação ao valor oferecido em 2019 para os países em desenvolvimento. O governo vai criar plataformas de intercâmbios privadas e públicas mais fortes com países da África e da América Latina.
Fazer vários tipos de pactos econômicos, como acordos de livre comércio (FTAs), acordos de parceria econômica (EPAs) ou acordos de parceria de economia digital (DEPA) com parceiros de negociação ― incluindo Equador, Mongólia, Geórgia, o Conselho de Cooperação do Golfo (GCC), Chile e Cingapura ― é também uma das principais prioridades do governo para se ter uma cooperação internacional estabilizada e a parceria na cadeia de suprimentos.
Foto destaque: O vice-primeiro-ministro e ministro da Economia e Finanças, Choo Kyung-ho. (Foto: Reprodução/Yonhap)