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Chefe da KFA nega suposta contratação injusta de treinador 

Chung Mong-gyu, chefe da KFA, se pronuncia pela 1ª vez sobre controvérsia em torno da nomeação do treinador da seleção masculina de futebol

O chefe da Associação Coreana de Futebol (KFA), Chung Mong-gyu, negou na última terça-feira qualquer tentativa de tramar um “esquema ou encobrir a verdade” na contratação do treinador principal da seleção masculina de futebol, Hong Myung-bo. Ele foi convocado para testemunhar perante o Comitê de Cultura, Esportes e Turismo da Assembleia Nacional sobre as alegações de que a KFA contratou o ex-jogador de futebol em julho como técnico da equipe masculina, favorecendo-o injustamente em detrimento de outros candidatos. 


Chung Mong-gyu, chefe da Associação Coreana de Futebol e o técnico Hong Myung-bo. Reprodução/ Yonhap

Declaração de Chung Mong-gyu sobre o caso

As declarações de Chung foram feitas em um comunicado escrito divulgado antes da sessão de questionamento no parlamento. Essa é a primeira vez que ele aborda a controvérsia em torno do processo de nomeação de Hong como técnico principal. O chefe da Associação Coreana de Futebol também afirmou que as explicações não foram fornecidas “em cada etapa do processo” devido à intenção da KFA de proteger a privacidade dos candidatos que não foram selecionados ou que optaram por abandonar o processo de negociação. 

“Quando não divulgamos todos os detalhes do processo de negociação relacionado à nomeação do técnico principal e não oferecemos explicações, não foi porque estávamos tentando tramar algum tipo de esquema ou encobrir a verdade. (…) Além disso, não estávamos tentando, de forma alguma, nomear uma pessoa específica por meio de um processo injusto.” , explicou Chung.

Em relação ao vazamento de alguns dos nomes dos candidatos à mídia, o chefe afirmou que tais erros “nunca devem ser repetidos” e destacou a necessidade de melhorar o processo de contratação do treinador principal da seleção de futebol nacional. Ele também pediu desculpas a Hong por ter passado por “um processo tão desafiador”. Além de ter destacado a importância da transparência e equidade no processo de contratação, afirmando que sempre cooperou com os órgãos internos responsáveis pela nomeação.

“Durante o meu tempo como presidente da KFA, nunca selecionei um técnico da seleção nacional contra a recomendação do Comitê de Seleções Nacionais ou do nosso Comitê Técnico. Ofereci conselhos procedimentais, mas nunca disse a ninguém o que fazer com um determinado candidato”, disse ele.

A KFA foi alvo de uma avalanche de críticas devido à sua decisão de contratar Hong, após ficarem desapontados com o desempenho abaixo do esperado de seu antecessor, Jürgen Klinsmann. Ademais, a investigação dos relatórios da KFA indicou que a contratação de Hong aconteceu sem uma entrevista formal, ignorando amplamente outros candidatos considerados mais capacitados.

Na época, a nomeação de Hong causou revolta e choque devido ao seu fraco desempenho durante sua primeira passagem como técnico da seleção nacional sul-coreana. Durante sua primeira contratação, a Coreia do Sul foi eliminada na fase de grupos da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, sem vitórias e com apenas um empate, o que decepcionou fortemente admiradores.

Foto Destaque: Chefe da Associação Coreana de Futebol, Chung Mong-gyu, fala em coletiva de imprensa. Reprodução/ Yonhap

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