Aumenta número de jovens coreanos desempregados
Número de jovens coreanos desempregados cresce, enquanto isso o mercado de trabalho faz com que desistam de empregos futuros
Além do desemprego, os jovens coreanos não querem mais casar ou ter filhos. Para um país tão tradicional como a Coreia, os números assustam. Quatro a cada dez jovens estão desempregados a quase 3 anos, levantando um estado de emergência, pois muitos deles estão desistindo da busca por emprego.
Segundo dados da Estatísticas da Coreia (Statistics Korea, em inglês), liberado no último domingo, 218 mil coreanos entre 15 e 29 anos, estão desempregados a três anos, a partir de maio desse ano. Dentre eles, 80 mil representam os jovens que ficam em casa, sem motivação para procurar emprego ou estudar para oportunidades de trabalhos. Essa agência os classifica como “Sem educação, emprego ou treinamento” (NEET, em coreano). Junto com este dado, estudos mostram que a porcentagem de jovens ativos economicamente está diminuindo a cada ano.
Por conta da alto no desemprego, muitos jovens estão deixando de casar e ter filhos. O número de casamentos por 1 mil pessoas em 2022 calculado pela Statistics Korea foi de 3,7 – o mais baixo desde que as estatísticas relacionadas começaram em 1970.
Pesquisas também apontam a motivação dos jovens a casamento, principalmente para não casar. Uma das principais razões é a instabilidade financeira. Os homens representam 80% dessas pessoas. No caso das mulheres, além dos fatores econômicos, também mencionam a pressão social sobre elas para cuidarem das tarefas domésticas.
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Crise de depressão e isolamento
O Ministéro da Saúde coreano, mostra um número consideravel de jovens que se isolou da sociedade, sofre de preocupação por procurar emprego. De acordo com um relatório do KIHASA de Maio, jovens reclusos citaram o “desemprego” como a razão mais comum para não sair. Após um inquérito em Julho pelo Ministério, mais de 5 mil jovens com idades entre os 19 e os 39 anos, 5% de todos os inquiridos tinham experimentado auto-isolamento. Estima-se que cerca de 516 mil jovens em todo o país se isolaram psicológica e fisicamente, cortando relações sociais ou não saindo de casa durante meses.
Imagem destaque: Busca por empregos promissores torna a competividade acirrada nos países (CNN/Reprodução)