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Primeira audiência de impeachment de Yoon dura apenas quatro minutos

Audiência de impeachment na Coreia do Sul dura apenas quatro minutos

Presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol enfrenta críticas após faltar à primeira audiência de impeachment, que durou apenas quatro minutos

A primeira audiência do processo de impeachment do presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol terminou em apenas quatro minutos nesta terça-feira (14), devido à ausência do acusado. O caso, que tramita no Tribunal Constitucional, começou com a confirmação da presença das partes envolvidas: a equipe de defesa de Yoon e os representantes legais do comitê de investigação de impeachment da Assembleia Nacional, responsável pela acusação. Apesar da expectativa de participação do presidente, sua presença não é obrigatória segundo a legislação.

A próxima audiência está marcada para quinta-feira (16), às 14h (KST), e ocorrerá mesmo que Yoon não compareça. Outras três audiências adicionais também estão agendadas. A defesa do presidente alegou, anteriormente, que ele não compareceria devido a preocupações de segurança e risco de detenção. Yoon permanece em sua residência oficial, em Seul, enquanto enfrenta acusações criminais de insurreição. No entanto, o tribunal rejeitou pedidos da defesa para afastar a juíza Jung Gye-sun, alegando falta de fundamentos.


Juiza Jung Gye-sun durante audiência do julgamento de impeachment do presidente Yoon Suk Yeol
Juiza Jung Gye-sun durante audiência do julgamento de impeachment do presidente Yoon Suk Yeol (Foto: Divulgação/Korea Times)

Segundo os advogados do presidente, a ligação de Jung a um grupo de juízes progressistas e a conexão de seu marido com um escritório de advocacia envolvido no caso comprometeriam sua imparcialidade. O juiz-chefe interino, Moon Hyung-bae, descartou a petição, afirmando que a decisão foi unânime entre os sete juízes restantes. Além disso, o tribunal refutou críticas à marcação simultânea de cinco audiências, consideradas pela defesa como prejudiciais ao direito de Yoon a uma defesa plena. Moon destacou que o cronograma está alinhado com a lei constitucional.


Advogado do presidente Yoon Suk Yeol, Yoon Gap-keun
Advogado do presidente Yoon Suk Yeol, Yoon Gap-keun (Foto: Divulgação/Korea Times)

Análises e críticas à postura presidencial

Especialistas avaliam que as petições da defesa são estratégias para atrasar o processo. O professor Lim Ji-bong, da Universidade Sogang, afirmou que os argumentos apresentados carecem de embasamento legal e indicam falta de experiência da equipe de Yoon em direito constitucional. A ausência do presidente na audiência de terça-feira gerou reações negativas. Para opositores, sua conduta contraria declarações feitas em dezembro, quando Yoon garantiu que enfrentaria as consequências de suas ações. Na ocasião, ele afirmou publicamente que não se esquivaria das responsabilidades legais e políticas relacionadas à imposição da lei marcial.

O processo de impeachment, iniciado após a declaração de lei marcial por Yoon em dezembro, segue com outras audiências agendadas para os dias 21 e 23 de janeiro e 4 de fevereiro. Paralelamente, o presidente enfrenta investigações criminais por sua breve implementação de uma regra militar de emergência, revogada após seis horas devido à resistência do parlamento. A condução do caso será decisiva não apenas para o futuro político de Yoon, mas também para o clima institucional da Coreia do Sul. O desenrolar das audiências determinará se a estratégia da defesa poderá influenciar o ritmo do julgamento ou se o tribunal manterá sua agenda inalterada.

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Foto Destaque: primeira audiência do julgamento de impeachment do presidente Yoon Suk Yeol. Divulgação/Korea Times

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