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Acidente aéreo que deixou 179 vítimas.

Acidente aéreo na Coreia do Sul deixa 179 mortos

Tragédia no Aeroporto Internacional de Muan é o pior desastre aéreo na Coreia do Sul desde 1983; autoridades investigam causas

Um Boeing 737-800 da Jeju Air caiu no Aeroporto Internacional de Muan, na província de Jeolla do Sul, Coreia do Sul, na manhã de domingo (horário da Coreia do Sul), resultando em 179 mortes. O voo partiu de Bangkok, Tailândia, com 181 pessoas a bordo, incluindo 173 sul-coreanos, dois tailandeses e seis tripulantes. Apenas dois membros da tripulação sobreviveram, resgatados com ferimentos graves. O acidente ocorreu durante a segunda tentativa de pouso.

A aeronave aterrissou de barriga, saiu da pista e colidiu com uma estrutura ao final do aeroporto. O impacto provocou um incêndio que destruiu grande parte do avião. O fogo foi controlado 43 minutos após o início, mas os danos tornaram a identificação das vítimas extremamente difícil. O voo da Jeju Air, inaugurado há menos de um mês, deveria pousar em Muan às 8h30 (KST), mas enfrentou problemas técnicos ao tentar aterrissar. Segundo as autoridades, o trem de pouso falhou, forçando o piloto a uma nova aproximação. Durante a segunda tentativa, a aeronave saiu da pista e se chocou contra uma barreira, pegando fogo às 9h03 (KST).

Imagens capturadas por testemunhas mostram o motor direito emitindo fumaça e chamas antes do acidente. Testemunhas também relataram que o avião colidiu com pássaros pouco antes da queda. A torre de controle teria alertado o piloto sobre aves na rota, e o comandante emitiu um chamado de emergência (Mayday) cerca de cinco minutos antes do impacto. Os investigadores já recuperaram o gravador de dados de voo e o gravador de voz da cabine, que estão sendo analisados. Embora uma falha técnica no trem de pouso e a colisão com pássaros sejam as principais hipóteses, as autoridades descartaram que a pista de 2.800 metros do aeroporto tenha contribuído para o acidente.


Acidente aéreo na Coreia do Sul
Polícia e bombeiros no local do acidente no Aeroporto Internacional de Muan. (Foto: Divulgação/Yonhap)

Sobreviventes e esforços de resgate na Coreia do Sul

Os dois tripulantes resgatados estavam na parte traseira do avião. Eles foram transferidos para hospitais em Seul, onde permanecem fora de perigo. Um deles sofreu fraturas múltiplas e está na unidade de terapia intensiva. O outro teve ferimentos na cabeça e no tornozelo. Equipes de emergência trabalharam intensamente para conter o incêndio e resgatar possíveis sobreviventes, mas a destruição quase total da aeronave dificultou as operações. A identificação das vítimas levará tempo devido ao estado dos corpos.

Este é o acidente aéreo mais mortal na Coreia do Sul desde 1983, quando um voo da Korean Air foi abatido por um caça soviético, matando 269 pessoas. Também supera a tragédia de 1993 com a Asiana Airlines, que deixou 66 mortos, e o acidente de 1997 em Guam, com 228 vítimas. A tragédia reacende discussões sobre segurança na aviação, especialmente envolvendo companhias de baixo custo como a Jeju Air, que operava o voo. A rota para Bangkok havia sido inaugurada em 8 de dezembro, com quatro voos semanais.

Em uma coletiva de imprensa, Choi anunciou um período de luto nacional de sete dias, que vai até a meia-noite de sábado. Altares memoriais serão montados no local do acidente e em 17 cidades, enquanto bandeiras nacionais serão hasteadas a meio mastro em sinal de condolências. A Jeju Air emitiu um pedido público de desculpas. Em coletiva de imprensa, o CEO da companhia, Kim E-bae, afirmou que a aeronave não apresentava problemas conhecidos antes do voo e que ainda é cedo para confirmar a causa do acidente.

“Como CEO, sinto-me responsável independentemente das circunstâncias. Colaboraremos integralmente com o governo para esclarecer o ocorrido e apoiar as famílias das vítimas”, declarou Kim.

O governo sul-coreano ativou imediatamente o Quartel-General Central de Contramedidas de Desastres e Segurança, além do Quartel-General Central de Gestão de Desastres, para coordenar as ações de resposta. O presidente interino e vice-primeiro-ministro, Choi Sang-mok, visitou o local do acidente e declarou Muan uma zona especial de desastre.

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Foto Destaque: Acidente aéreo que deixou 179 vítimas. Divulgação/Yonhap

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