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Bullying nas escolas, em Seul, atinge maior nível em dez anos

A taxa de bullying na escola em Seul atingiu o nível mais alto dos últimos 10 anos, segundo o Escritório Metropolitano de Educação.

O Escritório Metropolitano de Educação de Seul informou na sexta-feira (15) que uma pesquisa com 486.729 estudantes. Contudo, os pesquisadores conduziram a pesquisa com alunos do quarto ano do ensino fundamental ao último ano do ensino médio. Consequentemente, a pesquisa revelou que 2,2% dos alunos haviam sido alvo de algum tipo de maus-tratos na escola (bullying). Esse número aumentou 2% em comparação com o ano passado e marcou o nível mais alto em 10 anos.

A lei sul-coreana define violência escolar como ações cometidas contra estudantes dentro ou fora da escola. Da mesma forma, incluindo, mas não se limitando a: ferimentos físicos ou mentais, danos à propriedade, ameaças, violência sexual, difamação, extorsão, coerção e bullying online ou pessoalmente.

Na pesquisa, 4,6% dos alunos do ensino fundamental afirmaram ter vivenciado violência escolar. Enquanto 2% dos alunos do ensino médio responderam da mesma forma. A porcentagem de vítimas no ensino fundamental permaneceu inalterada em comparação com o ano passado. Entretanto, as vítimas no ensino médio aumentaram 0,8 ponto percentual.

As autoridades suspeitam que o aumento da violência escolar se deve à realização de aulas presenciais. De modo diverso com as escolas que optaram por aulas online durante a maior parte da pandemia induzida pela COVID-19.


Bullying virtual é o uso de tecnologias digitais para intimidar, humilhar ou ameaçar alguém. _ Reprodução/Istok

“Os estudantes voltaram à escola após a COVID-19, e tiveram menos chance de interagir com seus amigos (durante a pandemia). Acreditamos que isso leva a uma tendência dos alunos a terem mais dificuldade em lidar com conflitos e mais violência”. Por fim, disse um oficial do Escritório Metropolitano de Educação de Seul.

A porcentagem de crianças relatando violência escolar caiu para 1,1% em 2020. Em razão de ser o primeiro ano em que as escolas foram obrigadas a conduzir suas aulas online. Entretanto, em comparação com 2% em 2019.

As formas de abusos mais comuns

A forma mais comum de violência escolar foi o abuso verbal, com 37,7%. Em seguida foi abuso físico e bullying em grupo, respectivamente, com 18,1% e 15,3%. Cerca de 68,8% da violência ocorreu dentro das instalações da escola, e 29,4% ocorreram na sala de aula.

Na maioria das vezes, os perpetradores eram colegas de classe (46,1%), seguidos por aqueles do mesmo ano, mas de turmas diferentes (32,7%), e 6,8% foram cometidos por estudantes de um ano diferente da vítima.

Em 93% dos casos, a vítima alertou outra pessoa. Sendo um guardião legal em 37,9% dos casos, um professor 29,5%, e 15,5% das vítimas contaram aos seus amigos.

Apenas 1,5% das vítimas relataram o caso à polícia, enquanto 1,2% notificaram o assunto a uma organização fora da escola.

Como em pesquisas anteriores, os estudantes eram menos propensos a admitir que eles próprios maltrataram os outros. Assim, apenas 0,9% disseram serem perpetradores de violência escolar. No entanto, a figura mais que dobrou em comparação com o ano passado, quando 0,4% dos entrevistados admitiram tê-lo feito.

A porcentagem de estudantes que testemunharam violência escolar também aumentou. De 4,5% no ano passado para 5,5%, embora 30% deles tenham dito serem impotentes para fazer qualquer coisa. No entanto, 35% deles auxiliaram as vítimas consolando-as e oferecendo outras formas de ajuda, enquanto 17,6% deles relataram o caso a autoridades.

Aproximadamente 16,5% dos que testemunharam o bullying intervieram para interromper o abuso, mas 0,9% disseram que participaram.

Foto destaque: na maioria das vezes, os perpetradores eram colegas de classe. _ Reprodução/UOL

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