Coreia solicita investigação sobre doping de patinadora que venceu Kim Yu-na em 2014
Na terça-feira, o Comitê Olímpico Esportivo Coreano solicitou ao Comitê Olímpico Internacional que conduzisse uma investigação sobre a admissão recente de doping feita por patinadora russa que venceu Kim Yu-na nos Jogos de Inverno de 2014.
Diante da recente admissão de Adelina Sotnikova, vencedora do ouro olímpico na patinação artística feminina em 2014, sobre ter recebido um resultado positivo em seu teste de doping naquele ano, porém ter sido liberada com base na amostra “B”, o KSOC optou por tomar medidas.
É uma ocorrência altamente incomum no contexto do doping esportivo que um atleta teste positivo na amostra A e obtenha um resultado divergente na amostra B.
Agência Antidoping da Coreia reúne dados
Segundo um representante do KSOC, estão sendo reunidos dados e informações relevantes pela Agência Antidoping da Coreia. Após coletarem todas as informações necessárias, eles farão uma solicitação ao COI para que investigue o caso de Sotnikova. A própria atleta admitiu ter resultado positivo na amostra A, porém negativo na amostra B. Essa é uma situação extremamente incomum que requer uma nova investigação. Com os avanços na tecnologia de testes de substâncias proibidas ao longo dos anos, acreditamos que possam ser encontrados elementos que anteriormente não foram detectados.
A russa admitiu ter recebido um resultado positivo de doping no mesmo ano em que conquistou a medalha, mas foi liberada com base na amostra B. O vídeo onde a patinadora confirmava o fato, acabou sendo removido.
Durante os Jogos Olímpicos de 2014, Sotnikova alcançou uma pontuação de 224,59 pontos, superando Kim, por uma margem superior a cinco pontos. O desempenho de Sotnikova e sua subsequente conquista da medalha de ouro provocaram polêmica no campo da arbitragem.
Mais tarde, Sotnikova foi alvo de alegações de possível adulteração de suas amostras, mas o COI a inocentou de qualquer irregularidade por falta de provas.
Um representante do KSOC explicou que as amostras de sangue e urina dos atletas devem ser armazenadas por um período de 10 anos. Ele ressaltou que, caso o COI concorde em atender ao pedido feito, todas as suspeitas poderão ser dissipadas.
Foto Destaque: Adelina Sotnikova e Kim Yu-na. Reprodução/AP Photo