Suprema Corte mantém prisão perpétua de preso por assassinato
A Suprema Corte confirmou a decisão do tribunal distrital que julgou o homem e do Tribunal Superior de Seul em separá-lo da sociedade
Na última quinta-feira (29), a Suprema Corte manteve a sentença de prisão perpétua de um homem acusado por estupro e assassinato no sul de Seul, no ano passado.
Em 17 de agosto de 2023, Choi Yun-jong, de 30 anos, foi acusado de espancar, estrangular e estuprar uma mulher. A escolha da vítima pelo assassino aconteceu de forma aleatória, em uma trilha de caminhada ao sul da capital sul-coreana, no bairro de Sillim.
A vítima era professora do ensino fundamental e estava na casa dos 30 anos. Ela ficou sem atendimento médico por cerca de 20 minutos até ser encaminhada a um hospital. Entretanto, ela morreu dois dias depois.
Anteriormente, em janeiro deste ano, um tribunal distrital condenou o homem à prisão perpétua, afirmando que ele deveria ficar isolado da sociedade para sempre. Em junho, o Tribunal Superior de Seul confirmou a condenação e, agora, a Suprema Corte reafirmou a decisão.
Crimes contra a mulher na Coreia do Sul tem crescimento preocupante
Em 2021, o número de crimes sexuais cometidos contra mulheres na Coreia do Sul subiu para quase 30 mil. Este aumento causa preocupação, uma vez que, em 2007, foram ‘apenas’ 16 mil casos. Outros dados apontam que, entre 2011 e 2020, de todas as vítimas de crimes violentos no país, 86,7% eram mulheres.
Apesar de muitas pessoas enxergarem a Coreia do Sul através de filtros de K-pop e Dramas, a realidade social no país é bem diferente. Muitos destes crimes são minimizados e o sistema judicial é leniente na punição dos agressores. Apesar das representações nas telas, a desigualdade de gênero ainda é grande e as mulheres continuam sendo afetadas antes, durante e após sofrerem de crimes sexuais e outras formas de violência.
Foto destaque: Choi Yun-jong sendo preso em 2023. Reprodução/Newsis