Estilista com peça exposta na Japan House SP foi criador dos uniformes da seleção japonesa
O novo modelo da seleção japonesa de futebol foi apresentado durante desfile em Paris, às vésperas dos jogos olímpicos, ocasião que o time vestiu a criação inédita
Sob o tema “fogo”, seleção japonesa de futebol entrou em campo durante os Jogos Olímpicos deste ano com uniforme criado por uma marca esportiva em parceria com a grife Y-3, do designer japonês Yohji Yamamoto, que tem uma criação exposta na exposição “Efeito Japão: moda em 15 atos”, em cartaz na Japan House São Paulo. As peças criadas para a temporada de 2024/2025, que foram anunciadas em um desfile em Paris poucos dias antes da abertura do evento olímpico, possuem um tom de azul escuro com estampa de chamas azuis mais claras, simbolizando a união entre equipe e torcedores. Seguindo os mesmos padrões, os uniformes reserva aparecem em uma variação com as chamas vermelhas se destacando em meio a um tom frio de branco.
Inspirados pelos uniformes do final da década de 1990, os “samurais azuis”, como o time da seleção nipônica é conhecido, carregam no centro das camisetas a insígnia da Associação de Futebol do Japão (JFA), estampado pelo yagatarasu, o corvo de três pernas, animal das lendas japonesas que carrega a vitória e leva as pessoas aos seus objetivos, adotado como símbolo de sorte oficial nos anos 1930. Acima do brasão, ainda, leva o símbolo da Y-3, dando um toque ousado ao estilo esportivo, reimaginando a silhueta clássica das peças e do espaço ocupado pelos escudos, mantendo a perspectiva avant-garde inflexível e característica de Yamamoto.
Na exposição “Efeito Japão – Moda em 15 Atos”, em cartaz até 1° de setembro, no segundo andar da Japan House São Paulo, é possível ver de perto uma das icônicas peças de Yohji Yamamoto dos anos 1980, quando estilistas japoneses iniciaram uma revolução na Semana da Moda de Paris que ficaria conhecida como Shock Wave. A criação destaca uma silhueta exagerada e desconstruída, com drapeados ousados e material bruto disposto em camadas, compondo uma peça com aparência desgastada. Além da contribuição para alçar o Japão às passarelas internacionais, a influência de Yamamoto também pode ser vista na moda de rua, tema da exposição “Sutorito Fashion – Moda das Ruas”, que também ocupa a Japan House São Paulo até 20 de outubro. Ambas têm entrada gratuita.
Serviço
Japan House São Paulo
Endereço: Avenida Paulista, 52 – São Paulo, SP
Horário de funcionamento: de terça a sexta, das 10h às 18h e sábados, domingos e feriados, das 10h às 19h.
Entrada gratuita. Reserva online (opcional): https://agendamento.japanhousesp.com.br/
Exposição Efeito Japão: Moda em 15 Atos
Período: até 1° de setembro
Entrada gratuita
Exposição Sutorīto Fashion: Moda das Ruas
Período: até 20 de outubro
Entrada gratuita
Sobre a Japan House São Paulo (JHSP)
A Japan House é uma iniciativa internacional com a finalidade de ampliar o conhecimento sobre a cultura japonesa da atualidade e divulgar políticas governamentais. Inaugurada em 30 de abril de 2017, a Japan House São Paulo foi a primeira a abrir suas portas, seguida pelas unidades de Londres e Los Angeles. Estabelecida como um dos principais pontos de interesse da celebrada Avenida Paulista, a JHSP destaca em sua fachada proposta pelo arquiteto Kengo Kuma, a arte japonesa do encaixe usando a madeira Hinoki. Desde 2017, a instituição promoveu mais de quarenta exposições e cerca de mil eventos em áreas como arquitetura, tecnologia, gastronomia, moda e arte, para os quais recebeu mais de dois milhões de visitantes. A oferta digital da instituição foi impulsionada e diversificada durante a Pandemia de Covid-19, atingindo mais de sete milhões de pessoas em 2020. No mesmo ano, expandiu geograficamente suas atividades para outros estados brasileiros e países da América Latina. A JHSP é certificada pelo LEED na categoria Platinum, o mais alto nível de sustentabilidade de edificações; e pelo Bureau Veritas com o selo SafeGuard – certificação de excelência nas medidas de segurança sanitária contra a Pandemia de Covid-19.
Foto Destaque: Peças expostas na Japan House São Paulo. Reprodução/Ale Virgilio