EXO-CBX acusa SM de exigências injustas e violação de acordo
Os membros do EXO, Chen, Baekhyun e Xiumin, acusam a SM Entertaiment de não cumprir um acordo feito no ano passado
Nesta segunda-feira (10), a agência INB100, responsável por Chen, Baekhyun e Xiumin, organizou uma coletiva de imprensa no Seoul Shilla Hotel para denunciar as ações injustas da SM Entertaiment. Estavam presentes Cha Ga-won, presidente do Piaq Group, Kim Dong-joon, CEO da INB100, e o advogado Lee Jae-hak do escritório de advocacia LIN. Em 2022, a SM exigiu que os artistas assinassem contratos de renovação de cinco anos, o que levou às disputas atuais. Baekhyun, que estava em serviço militar na época, se sentiu pressionado a assinar o contrato para não prejudicar suas atividades futuras e seus fãs.
O presidente da agência afirmou que a SM não cumpriu a promessa de garantir uma taxa de 5,5% na distribuição de músicas pelo Kakao, acionista majoritário da SM Entertainment. Em vez disso, as empresas fora do grupo Kakao pagam entre 15 a 20%. Esse acordo, embora não documentado, foi prometido verbalmente pelo então CEO da SM Entertainment, Lee Sung-su, de acordo com o advogado dos membros.
Acordo entre EXO e SM
A INB100 esclareceu que, em junho do ano passado, EXO-CBX e SM encerraram amigavelmente seus contratos exclusivos e disputas legais. De acordo com esse acordo, as atividades individuais dos artistas e as atividades como EXO-CBX seriam gerenciadas pela INB100. Eles continuam assinados com a SM Entertainment para suas atividades com o EXO. Eles usam os nomes artísticos de seus dias no EXO, bem como o nome do trio, EXO-CBX, para promover suas atividades. No entanto, a SM está exigindo 10% das receitas das atividades individuais dos artistas, ignorando o acordo anterior. INB100 enviou uma notificação à SM sobre a injustiça, mas não recebeu resposta há mais de dois meses.
“Um acordo verbal é visto como legalmente vinculante pelo sistema jurídico coreano. Temos gravações da conversa entre Lee Sung-su e Cha Ga-won, bem como outras formas de prova. Se a SM Entertainment exigir a taxa de 10%, então também deve cumprir o outro lado do acordo que prometeu”, disse Lee.
O advogado Lee explicou que, de acordo com a Lei de Cultura e Arte Popular, a SM deveria manter livros contábeis separados para as atividades dos artistas, mas havia dúvidas sobre a precisão dessas contas. A SM recusou-se a fornecer os registros contábeis alegando que outros artistas estavam envolvidos. A SM Entertainment exige uma taxa de royalty de 10% para o uso de sua propriedade intelectual, como as licenças de nome para EXO e EXO-CBX, em troca de uma taxa de distribuição abaixo da média, conforme documentado no contrato.
Sendo assim, o advogado Lee destacou que acordos verbais são legalmente vinculantes na Coreia do Sul e que a SM Entertainment deve cumprir sua promessa de 5,5% se continuar a exigir a taxa de 10%. Lee afirmou que existem gravações das conversas entre Lee Sung-su e Cha Ga-won que comprovam o acordo verbal.
Além disso, a INB100 exigiu que a SM Entertainment divulgasse o detalhamento dos ganhos do EXO, algo que se tornou uma questão no ano passado quando os membros solicitaram documentos de seus ganhos ao longo dos anos. A SM Entertainment permitiu que os membros “lessem os arquivos” no escritório, o que contraria a lei, mas os membros decidiram não lutar na época “pelo bem do EXO e dos fãs do EXO”.
“A lei declara claramente que uma empresa de entretenimento é obrigada a fornecer o documento a pedido do artista, não apenas permitir que ele venha e leia os documentos. Fizemos um compromisso naquela época, mas queremos aproveitar esta oportunidade para apontar que o que eles fizeram foi apenas uma pretensão”, afirmou o advogado Lee Jae-hak.
IBN100 não obteve resposta da SM
A INB100 enviou uma carta formal de reclamação à SM Entertainment exigindo a aplicação da taxa de 5,5% e o fornecimento dos documentos solicitados. Sem resposta após dois meses, a agência realizou uma coletiva de imprensa para proteger seus artistas, segundo Lee.
Cha ajudou Baekhyun a fundar sua própria empresa com um empréstimo de 13 bilhões de won , usando uma cobertura no centro de Seul como garantia. Ela também foi membro do conselho da Big Planet Made quando a SM Entertainment acusou a empresa de tentar “recrutar membros do EXO”. A acusação foi posteriormente retirada com um pedido de desculpas.
De acordo com o CEO, a INB100 considerará anular o acordo de junho de 2023 por fraude, além de tomar medidas legais adicionais, incluindo a petição à Comissão de Comércio Justo, se a SM continuar a ignorar a notificação. A INB100 também enfatizou que os artistas não receberam pagamentos adiantados e continuam suas atividades como EXO em consideração aos fãs. O CEO da INB100 expressou a esperança de que esse incidente leve a uma melhoria na indústria e que os artistas recebam tratamento justo e transparência nas finanças.
Kim Dong-joon, CEO da Big Planet Made, já foi CEO da SM C&C, subsidiária da SM Entertainment, de 2017 a 2023. Ele destacou que nunca viu alguém enfrentar uma grande agência e espera que a coletiva de imprensa encoraje outros artistas a lutarem contra acordos injustos.
SM negou as acusações
Contudo, EXO-CBX havia inicialmente levantado preocupações sobre a transparência nos cálculos financeiros e contratos de longa duração com a SM. A SM, por sua vez, negou as acusações e insinuou que outra agência, Big Planet Made, estava envolvida de forma inadequada com EXO-CBX. A empresa afirma que apenas ajudou os membros a obter um acordo melhor e que não tem controle sobre a taxa decidida por outra empresa. A SM Entertainment acrescentou que os membros do CBX conseguiram um bom acordo de distribuição e não sofreram danos.
Foto Destaque: Chen, Baekhyun e Xiumin. Reprodução/INB100