Yoon promete liberdade e bem-estar pró-democracia em Gwangju
Yoon Suk Yeol prometeu avançar a qualidade de vida do povo para manter o espírito do levante pró-democracia de 1980 na cidade de Gwangju
Neste sábado (18), o presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol prometeu fazer o possível para manter o espírito pró-democracia do povo de Gwangju aceso. Nesse sentido, a fala aconteceu durante a cerimônia que marca os 44 anos do Movimento de Democratização de Gwangju, cidade que localiza-se a quase 300 quilômetros ao sul da capital.
De acordo com ele, a maneira correta de herdar o espírito pró-democracia da Coreia é com o povo caminhando em direção a um futuro feliz, esperançoso e próspero. A cerimônia realizou-se no Cemitério Nacional e Yoon frisou a importância de fazer valer o sacrifício e as lágrimas de Gwangju.
Além disso, ele afirmou que, mesmo com o movimento e a liberdade política tenham crescido no país, ainda existem muitos indivíduos sem liberdade econômica. “Devemos crescer rapidamente a economia, restaurar a escada da mobilidade social e elevar o nível de liberdade e bem-estar desfrutado pelo povo”, acrescentou.
Reafirmou, ainda, que somente após compartilhar os frutos do crescimento de forma justa e proteger os socialmente desfavorecidos, todos poderão ser verdadeiramente felizes. Nesse sentido, esta é a terceira vez que o presidente se faz presente na cerimônia desde o início do seu mandato, em 2022.
Movimento de Democratização de Gwangju
Em maio de 1980, os cidadãos de Gwangju protestaram contra a ditadura militar imposta pelo governo autoritário de Chun Doo-hwan. O movimento foi desencadeado por estudantes e ativistas pró-democracia e rapidamente ganhou apoio popular. No entanto, as forças militares retaliaram com violência, resultando em centenas de mortes e feridos. Assim, o dia 18 de maio também ficou conhecido como “Massacre de Gwangju”.
Apesar da brutal repressão, o movimento de Gwangju acabou por ser um catalisador para a democratização do país, inspirando movimentos similares em outras partes da Coreia do Sul e levando a pressões internas e externas por reformas políticas. Dessa forma, o evento é lembrado como um momento crucial na luta pela liberdade e democracia na Coreia do Sul.
Foto destaque: presidente Yoon Suk Yeol em cerimônia neste sábado (18). Reprodução/Yonhap