30% dos estrangeiros trabalham mais de 50 horas na Coreia
Na Coreia, 30% dos trabalhadores imigrantes têm jornadas que superam as 50 horas semanais. Isso é quase 20% do total de estrangeiros no país
De acordo com dados apresentados pela Statistics Korea na última quarta-feira (18), cerca de 3 em 10 trabalhadores estrangeiros trabalharam mais de 50 horas semanais no ano passado. Dessa forma, do total de 1.43 milhões de imigrantes com 15 anos ou mais na Coreia do Sul, quase 20% trabalha em jornadas de trabalho que ultrapassam a média. Além disso, entre os trabalhadores estrangeiros, hoje, cerca de 40% deles demonstram alguma insatisfação com relação a seus empregos.
Até maio de 2023, o número de pessoas estrangeiras com 15 anos ou mais na Coreia do Sul chegava a 1.43 milhões. Desse total, 64,5% representa uma força de trabalho que atua em território coreano. 56,5% dessa força de trabalho, que é a maior parte dela, ingressa em jornadas de trabalho que ficam entre 40 e 50 horas semanais. No entanto, 28,6% desses trabalhadores imigrantes se encontram em uma situação em que trabalham mais de 50 horas por semana. Essas jornadas extensas superam em muito a média da jornada de trabalho mundial, que é de 38,2 horas.
Na questão salarial, os números indicam que metade desses trabalhadores (50,6%) ganham entre 2 e 3 milhões de wons (R$7.600 a R$11.400) por mês. Ainda, os dados revelam que 35,8% dos trabalhadores que vêm de fora da Coreia ganham salários superiores a 3 milhões de wons.
Nem todos estão satisfeitos
Sendo assim, 6 entre 10 trabalhadores (cerca de 60%) apresentam estar satisfeitos com seus trabalhos e com sua situação neles. Já entre os que demonstram insatisfação, 12,3% afirma querer trocar de emprego principalmente pela questão salarial.
Além disso, do total de estrangeiros que residem na Coreia do Sul, 31,8% permanece economicamente inativo, ou seja, sem gerar nenhum tipo de renda ou movimentação econômica. Essas pessoas não trabalham e também não estão à procura de emprego. Porém, existe um grupo de imigrantes, que chega a 3,7% do total, que se encontra desempregado e está procurando por uma oportunidade de emprego.
Atualmente, na Coreia do Sul, entre os estrangeiros que são residentes do país por mais de três meses, um terço (33%) deles são pessoas de nacionalidade chinesa com etnia coreana, representando o maior grupo. O segundo maior número de imigrantes vem do Vietnã, elas são 14,1% do total. Além disso, entre todos os imigrantes, 9,7% vem de países não asiáticos.
Foto destaque: trabalhadores em metrô na Coreia do Sul. Reprodução/ Chung Sung