Professores sul-coreanos de Medicina apoiam greve médica
Professores de medicina da Coreia do Sul anunciam que irão renunciar em apoio a greve médica
Os professores da faculdade de medicina da Universidade Nacional de Seul anunciaram na segunda-feira (11), sua decisão de renunciar coletivamente na próxima semana em apoio à greve médica na Coreia do Sul. Isso ocorre em meio a uma crescente divisão entre profissionais médicos e o governo, com os professores demonstrando solidariedade às ações coletivas de seus alunos e médicos em treinamento.
Enquanto isso, o governo expressou séria preocupação com as renúncias em massa dos professores, alertando que isso poderia ameaçar a vida e a saúde dos pacientes. Porém, é necessário encontrar soluções rápidas e eficazes para enfrentar esse desafio.
No entanto, o presidente Yoon Suk Yeol ordenou que o governo acelerasse as reformas médicas com base em princípios e regras. Assim, é evidente que há uma pressão crescente para encontrar soluções para a crise no setor da saúde.
A Associação dos Professores de Medicina da Coreia, mantém uma posição firme, afirmando que não tolerará danos aos médicos em treinamento e estudantes. Todavia, eles pedem ao governo um diálogo incondicional e uma abordagem mais proativa para resolver a crise.
Reforma médica
Os médicos iniciaram uma greve por tempo indeterminado em protesto contra a reforma do setor promovida pelo governo sul-coreano, que visa aumentar o número anual de licenciados em medicina de 3.000 para 5.000. Parte dessas reformas inclui o desenvolvimento das competências de hospitais de médio porte e clínicas especializadas, buscando reduzir a dependência excessiva de médicos em treinamento. O objetivo é reestruturar o sistema de saúde para fornecer serviços de maior qualidade e normalizar os serviços médicos.
A Associação Médica Coreana denunciou que tais medidas, além de sobrecarregarem as universidades, não abordam a falta de incentivos para especialidades menos remuneradas, como pediatria, ou para preencher vagas em locais remotos. O debate persiste entre o governo, os professores de medicina e o setor médico, com o objetivo de assegurar a qualidade do atendimento médico e o bem-estar dos profissionais da saúde.
Foto destaque: greve de médicos na Coreia do Sul. Reprodução/SOPA Images/LightRocket via Gett