Filipinas nega contratação de trabalhadores nativos à Coreia
A mão de obra agrícola da Filipinas teve uma queda de 20%, enquanto as denúncias de exploração trabalhista na Coreia aumentam
O governo das Filipinas suspende envio de trabalhadores domésticos ao território sul coreano, após a constatação de que a exploração de terrenos agrícolas filipenses contariam com menos trabalhadores nativos para os cargos temporários. O governo de Seul pretendia trazer cerca de 100 empregadas domésticas da Filipinas no segundo trimestre de 2023 para resolver a escassez de indivíduos para desempenhar funções como empregados domésticos, porém, obteve uma resposta negativa do governo filipino.
Embora tenha uma forte negação do Governo de Manila (capital da Filipinas) em fornecer empregados à Seul, o governo sul-coreano garante que tentará fazer ao menos 100 contratações de filipenses ainda no começo deste ano.
Um funcionário público da Coreia declara sobre como acontecerá as negociações: “Para ser sincero, ainda não sabemos se conseguiremos trazê-los no primeiro semestre. Isso ocorre porque o governo filipino deve conceder permissão e mais discussões devem ocorrer sobre questões específicas, como salários”.
Os representantes filipenses ainda não se pronunciaram sobre essa possível resposta.
Por que a Filipinas nega a oferta dos trabalhadores?
O Departamento de Trabalhadores Migrantes do Governo Filipino tem recebido inúmeras denúncias de trabalhadores nativos a respeito das condições trabalhistas imposta pela Coreia. Entretanto, as queixas baseiam-se nas péssimas condições de trabalho e salários muito abaixo do mercado, além de longas jornadas de trabalho chegando levar alguns colaboradores á morte.
Um exemplo de dois trabalhadores agrícolas sazonais das Filipinas que trabalhavam em Haenam, província de Jeolla do Sul, apresentaram uma queixa contra um corretor coreano de apelido Hong, junto da Agência de Polícia da Província de Jeolla do Sul por tráfico de seres humano. Os denunciantes alegam que Hong extraviava dinheiro de suas contas bancárias para fins lucrativos próprios. Porém, alegando gastos com taxas de corretagem, juntamente com taxas de alojamento, e retirou-lhes os passaportes.
Funcionamento de vistos de trabalho
Eventualmente,o governo coreano concede vistos de trabalho a trabalhadores sazonais estrangeiros de 11 países. Isso aconteceu durante cinco a oito meses de cada vez, devido à escassez de mão-de-obra nos sectores agrícola e pesqueiro do país.
Foto destaque: Representação do Departamento dos Trabalhadores sul coreanos. Reprodução/ Divulgação