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“One Piece”: o anime que conquistou o mundo em 25 anos

Carregando muitas histórias e fazendo parte da vida de muitos otakus, o anime “One Piece” completa 25 anos

O anime e mangá, “One Piece”, é escrito pelo mangaká, Oda Eiichiro, assim como o mangá o anime também estreou no mesmo ano, no dia 20 de outubro de 1999, encantando muitos fãs que começaram a assistir desde o seu lançamento. O anime é conhecido por ser muito longo, possuindo até o momento 1121 episódios; segundo Oda-sensei, a história do anime está apenas começando e que ainda vai vir muita coisa pela frente; entretanto foi confirmado que a atual saga a de “Egghead” será a última.

Apesar de longo e em alguns momentos cansativo, o que o torna como uma referência para muitas pessoas é a sua forma de contar a busca pelo misterioso tesouro One Piece, pois existe um mistério por trás do que seria esse tesouro misterioso que intriga muita gente, gerando diversas teorias sobre o que seria o tesouro e o medo de não ser algo épico que é tanto aguardado.


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Luffy e os Chapéus de Palha. (Foto: Reprodução/Toei Animation)

Bem mais que um anime

Muito se pensa em “One Piece” como apenas mais um anime de comédia, o anime do pirata que estica ou ainda como o mais longo de todos o tempos, entretanto essa é apenas uma parcela do que realmente se trata a obra e do que ela pode alcançar. One Piece é uma obra que vem mudando o jeito de pensar e de enxergar o mundo com o passar dos anos.

A forma como o Oda-sensei aborda os assunto que vem em cada saga é um dos motivos para o seu sucesso mundial, ele trás para “One Piece”, assuntos que devem ser discutidos como o racismo, xenofobia, escravidão, genocídio entre tantos outros assuntos que possuem no mundo em que vivemos, trazendo reflexões tanto para os acontecimentos no anime como para o mundo em que vivemos.


Cena do “Arco Arquipélogo de Sabaody”. Reprodução/Instagram

Os arcos contam de uma forma didática como o isso acontece, em cada arco existe um assunto a ser discutido e que deve ser resolvido o mais rápido possível, pois não pode ser aceito que o sistema de opressão e medo seja a única saída ou que elas normalizem esse sistema e as consequências que ele traz para a sociedade.

Personagens épicos

Durante os 25 anos que “One Piece” está ativo, os personagens e as suas personalidades marcam e inspiram muitas pessoas, como o próprio capitão Luffy com o seu jeito extrovertido e brincalhão, mas que se importa com os seus companheiros e que não quer ver ninguém sofrer ou o Zoro que apesar de não sorrir com tanta frequência e bancar o durão, ele está sempre presente quando seus companheiros precisam de ajuda.


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Navio Going Merry. Reprodução/Toei Animation

Entretanto, existem aqueles personagens que deixam saudade e que faz ficar um pouco triste com a sua perda, como o Ace, irmão do Luffy, um personagem muito importante para que o capitão dos Chapéus de Palha pudesse crescer, um dos mais queridos entre os personagens do anime e que muita gente ainda fica mexido ao falar de sua morte; ou podemos citar o próprio Going Merry, o navio da tripulação, que ganhou o coração de todos que assistiram e trabalham em One Piece, pois o navio era parte da tripulação, um membro muito importante que estava presente em grandes aventuras pelo mar de East Blue e no começo da Grand Line.

As histórias de todos os personagens são únicas e trazem reflexões sobre a sociedade em que vivemos, sobre como enxergamos certas situações e a normalização daquilo, essas histórias nos ensinam que nada daquilo deve ser normalizado ou colocado como mais um caso, é preciso discutir sobre isso e “One Piece” traz essa mensagem para o mundo.

Representatividade

Em produções de uma forma geral é comum buscar algo que tenha uma representatividade para um grupo de pessoas e em “One Piece” não é diferente, podemos notar principalmente a representatividade LGBTQIAP+, mas em específico os transsexuais e travestis representados na figura de Bon Clay (Mr. 2) e na Emporio Ivankov; ambos pertencem à esse grupo e inclui-lo na obra é uma forma de também abordar sobre os LGBTQIAP+ mesmo que indiretamente.


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Fã arte com Emporio Ivankov, Bon Clay (Mr. 2) e Crocodile. Reprodução/Divulgação

Além disso, a representatividade negra no anime é de tirar o chapéu, não são desenhados de forma grotesca e pejorativa, mas com suas características únicas, como é o caso do Usopp e da Robin dentre outros personagens; essa representatividade é muito importante principalmente para as crianças que gostam de ter um personagem ou pessoa que possuem características parecidas com a dela.

Um anime que atravessa gerações

Durante os 25 anos, One Piece fez e faz parte de várias gerações, é comum vermos adultos que começaram a assistir o anime quando ainda eram crianças e permanecem assistindo até hoje, pessoas jovens, como crianças e adolescentes, que começaram a assistir devido a pandemia ou a insistência de algum amigo que “pregou a palavra de One Piece” para ele ou devido a algum corte de um episódio que acabou aparecendo na for you das redes sociais.

Os motivos podem ser muitos, mas é inegável que “One Piece” conquistou o mundo todo e vai continuar conquistando pois ele é uma obra atemporal, alguém que começar a assistir hoje ou daqui à 30 anos irá entender a mensagem que ele passa para a sociedade e qual é o verdadeiro sentido da existência desse tesouro o One Piece.

Foto destaque: Saga de Egghead. Reprodução/Toei Animation

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