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Kim Jong-un. Reprodução/KCNA

Coreia do Norte: riscos de guerra ou estratégia de negociação?

Rumores de uma guerra entre Coreia do Norte e do Sul intensificam-se após lançamento de um satélite espião norte-coreano e declarações de Kim Jong Un

Desde a semana passada, tem havido especulações sobre a possibilidade de um conflito entre Coreia do Norte e do Sul, após o lançamento de um satélite espião pelo exército de Kim Jong Un contra o país vizinho. O líder norte-coreano rejeitou qualquer chance de reconciliação com o Sul, indicando que está se preparando para um possível confronto.


Arco simbólico de união entre as Coreias. Reprodução/BBC NEWS

As ameaças nucleares de Kim Jong Un não são novidade, mas os recentes desenvolvimentos, como os testes de mísseis e drones subaquáticos, intensificaram as preocupações. Analistas, incluindo um ex-membro da CIA e um cientista nuclear, debatem se Kim tomou uma decisão estratégica semelhante à de seu avô em 1950, optando por seguir o caminho da guerra.

Em princípio o teste de um novo míssil de combustível sólido e dos seus drones de ataque subaquático, que supostamente podem transportar uma arma nuclear, desde o início de janeiro. Nos dois últimos anos a ONU emitiu elertas sobre a violação de nos desenvolvimentos de armas.

O que dizem especialistas?

Fazendo com que analistas estudem o caso entre os países e preocupam com a tal situação. Um antigo analista da CIA e Siegfried S. Hecker, um cientista nuclear que visitou o Norte várias vezes, em um artigo no site especializado 38 North, debatem sobre o assunto.

“Acreditamos que, tal como o seu avô em 1950, Kim Jong Un tomou uma decisão estratégica de ir para a guerra”.

Em contrapartida, outros especialistas discordam dessa perspectiva, apontando o Norte muitas vezes busca o diálogo com as potências ocidentais e enfrenta pressões políticas internas. Apesar disso, todos concordam que a postura agressiva de Kim aumentou, exigindo atenção.

“Arriscar todo o seu regime em um conflito potencialmente cataclísmico não é uma marca para os norte-coreanos. Eles provaram ser impiedosamente maquiavélicos”, diz Christopher Green, um observador da Coreia do Crisis Group.

Os ataques de Kim, até o momento, podem estar impedidos por conta do exército americano e sul-coreano , com alto poder tecnológico ocasionando numerosas mortes e o fim do ditador norte-coreano. Além de uma invasão limitada pelo lado Sul fazendo com que as pessoas ficassem ” sem rumo” evadindo-se para o lado oeste da Coreia do Sul.

Estratégias de Kim Jong Un

Kim Jong Un estaria agora destruindo o legado herdado com o fim de acordos diplomáticos e das transmissões de rádio transfronteiriças. Ele anunciou que irá demolir o Arco da Reunificação, um monumento de nove andares nos arredores de Pyongyang.


Arco da Reunificação, um monumento de nove andares nos arredores de Pyongyang. Reprodução/Getty Imagens via BBC
Arco da Reunificação, um monumento de nove andares nos arredores de Pyongyang. Reprodução/Getty Imagens via BBC

O arco, mostra duas mulheres em trajes tradicionais coreanos aproximando uma da outra construído em 2001 para marcar os esforços de seu pai e avô em direção ao objetivo da reunificação. Imagens de satélite divulgadas pelo Planet Labs mostram uma possível destruição do arco.

Ademais, uma aliança com a Rússia e a China fortaleceram ainda mais o poder de Kim. Conquanto recebeu reforços técnicos russos na construção dos satélites espiões que estão sendo utilizados frequentemente. Uma aliança feita em 2019 com o ex-presidente americano Donald Trump também pode ter acarretado em uma certa espera para obter mais recursos e apoio dos soldados.

Foto destaque: Kim Jong-un. Reprodução/KCNA

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