Governo da Coreia implementa medidas para evitar crises em pronto-socorros
O governo sul-coreano implementou medidas emergenciais para evitar a crise nos pronto-socorros durante o feriado de Chuseok
O governo sul-coreano tomou medidas emergenciais para estabilizar o atendimento nas salas de emergência devido à crescente pressão sobre os serviços de saúde. As principais ações incluem a implementação de um programa de monitoramento para supervisionar o volume de pacientes e o envio de médicos militares e públicos para hospitais com falta de funcionários. As medidas ocorreram um dia depois que o presidente Yoon Suk Yeol e sua equipe sênior visitaram um centro médico de emergência regional no Hospital Uijeongbu St. Mary, em Uijeongbu, Gyeonggi, na noite de quarta-feira.
Principais medidas do governo
Na quinta-feira (5), o governo iniciou a implementação de um programa de monitoramento que permitirá às prefeituras e ao Ministério da Saúde controlar o volume de pacientes nas salas de emergência. Além disso, 25 das 409 unidades de emergência enfrentam risco de interrupções e receberão gestores do Ministério da Saúde para supervisionar o atendimento. As outras 384 unidades serão geridas pelo Ministério do Interior e pelos governos locais, com cada prefeito responsável pelas suas respectivas jurisdições.O governo já enviou 15 médicos militares para cinco hospitais em regiões afetadas e planeja enviar mais 235 médicos militares para hospitais civis até a próxima segunda-feira. Essas ações visam lidar com a falta de funcionários durante o feriado de Chuseok, quando a demanda por atendimento emergencial tende a aumentar.
O segundo vice-ministro da Saúde, Park Min-soo, explicou que o governo ajudará os pacientes a acessar rapidamente cuidados de emergência por meio do programa de monitoramento. “O governo preparará meticulosamente a execução perfeita das políticas médicas de emergência, coordenando de perto com as autoridades locais e as instalações médicas”, disse Park. Ele também destacou que os problemas no atendimento de emergência, como a escassez de profissionais e a sobrecarga de trabalho, não são novas. “As dificuldades observadas nos serviços médicos de emergência de hoje existem há muito tempo”, afirmou Park, ressaltando que a reforma do sistema médico é essencial para resolver esses problemas de forma duradoura.
Comentários das autoridades
Durante a visita ao hospital na quarta-feira (6), o presidente Yoon Suk Yeol enfatizou a importância de proteger a saúde pública e garantir que o governo priorize o bem-estar dos profissionais de saúde. Ele mencionou que trabalhadores de áreas essenciais, como emergência e pediatria, enfrentam jornadas exaustivas e recebem compensações injustas em comparação com outras especialidades. “O que vem antes das vidas das pessoas?” Yoon perguntou, segundo um comunicado do porta-voz presidencial Jeong Hey-jeon, sublinhando a importância de proteger a saúde pública e a responsabilidade do governo e do setor de saúde.
Yoon prometeu apoio em “grande escala e inovador” para incentivar a priorização das áreas críticas da medicina em vez de especialidades não essenciais, como a cirurgia estética. Ele anunciou um investimento de 10 trilhões de won (cerca de 7,4 bilhões de dólares) em reformas do sistema de saúde nos próximos cinco anos. “O governo anunciou um plano orçamentário para gastar uma reserva nacional de 10 trilhões de won e outros 10 trilhões do serviço nacional de saúde nos próximos cinco anos para executar as políticas de reforma médica”, afirmou Yoon. Ele também destacou que os médicos podem praticar melhor a medicina quando o governo alivia os riscos legais relacionados a acidentes médicos e quando eles recebem recompensas justas.
Preparativos para Chuseok
O governo sul-coreano está tomando medidas proativas para garantir que as salas de emergência possam lidar com o aumento da demanda durante o feriado de Chuseok. Além do envio de médicos militares, o programa de monitoramento ajudará a acompanhar a ocupação das salas de emergência em tempo real, permitindo respostas rápidas em possíveis crises.
Park Min-soo reforçou a importância da cooperação entre governo, municípios e instalações médicas para superar as interrupções no atendimento de emergência. “O governo está fornecendo apoio estatal personalizado às instalações médicas que enfrentam dificuldades operacionais, enviando profissionais médicos contratados pelo estado”, afirmou Park. Ele acredita que o esforço conjunto entre essas entidades ajudará a enfrentar os desafios atuais.
Com a mobilização de recursos e o compromisso com reformas significativas, o governo sul-coreano busca estabilizar o atendimento médico de emergência e apoiar adequadamente os profissionais de saúde. A visita do presidente Yoon e as declarações do vice-ministro Park, destacam a determinação do governo em priorizar o bem-estar da população e melhorar o sistema de saúde em um momento de grande pressão.
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Foto destaque: Um banner afixado em uma parede de um hospital geral em Gyeonggi informa visitantes e pacientes sobre atrasos nos serviços de emergência na quinta-feira. / Reprodução: Yonhap