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JYP promete tomar ações legais contra deepfakes de artistas

A JYP reprimiu a crescente onda de deepfakes na Coreia do Sul e prometeu tomar ações legais em caso de vídeos envolvendo seus artistas

Na última sexta-feira (30), a JYP Entertainment, empresa de grupos como Twice, Stray Kids e ITZY, anunciou que tomará medidas legais caso aconteça a propagação de deepfakes envolvendo seus artistas. O comunicado aconteceu em meio às crescentes preocupações e ocorrências desse tipo de conteúdo que busca explorar sexualmente a imagem de famosos.

Estamos adotando uma resposta legal robusta, sem tolerância para vídeos deepfake, em colaboração com um escritório de advocacia especializado”, afirmou a empresa. “Levamos muito a sério a disseminação de vídeos deepfake com nossos artistas“, acrescentou. A JYP, ainda, afirmou que está reunindo provas contra esse tipo de atividade ilegal e que vai proteger o direito de seus artistas: “Abordaremos firmemente quaisquer ações que violem os direitos de nossos artistas“.

A posição da agência é apenas acontecimento dentro da indústria do K-pop na Coreia do Sul. No mês passado, a Woollim Entertainment apresentou uma queixa formal sobre um deepfake envolvendo uma de suas artistas, Kwon Eun-bee. Em outro momento, em junho, a ADOR anunciou que tomaria ações legais para proteger seu grupo NewJeans.


Kwon Eun-bi foi vítima de deepfakes e teve sua imagem sexualmente explorada.
Kwon Eun-bi foi vítima de deepfakes e teve sua imagem sexualmente explorada. Reprodução/Instagram @silver_rain.__

Anteriormente, em fevereiro deste ano, a artista Yujeong, do Brave Girls, deu detalhes que havia sido vítima deste tipo de vídeo ilegal. Ela revelou o acontecimento em um programa da tvN: “Descobri que minhas fotos tinham sido usadas para criar vídeos deepfake depois que um conhecido me informou. Foi incrivelmente angustiante. Isso pode acontecer com qualquer pessoa, independentemente do gênero”, afirmou.

A crescente onda de deepfakes na Coreia do Sul

Na última quarta-feira (28), autoridades da Coreia do Sul anunciaram que planejam pedir ao Telegram e outras plataformas que ajudem na exclusão e no bloqueio de conteúdo deepfake


JYP deepfakes
A polícia sul-coreana pedirá ao Telegram o bloqueio e a exclusão de conteúdos deepfake. Reprodução/Thomas Trutschel

Os deepfakes são produzidos a partir de uma técnica que leva o mesmo nome e consiste na alteração de um vídeo ou uma foto com ajuda de Inteligência Artificial (IA). Assim, o rosto de uma pessoa em cena pode ser trocado pelo rosto de outra pessoa, assim como aquilo que ela fala também pode ser adulterado. 

Os crimes envolvendo esses  vídeos sexualmente exploratórios saltaram de 156, em 2021, para 297, até este momento neste ano. De acordo com dados da polícia sul-coreana, os maiores perpetradores desses crimes encontram-se entre os adolescentes. As vítimas, na grande maioria dos casos, são mulheres famosas, estudantes e até mulheres soldados do exército do país.

Foto destaque: Fachada do prédio da JYP Entertainment. Reprodução/X/@useryeowo

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