Worlds 2023: T1 atropela Weibo e conquista o tetracampeonato
O Worlds 2023 contou com apresentações de Baekhyun (EXO) e do grupo NewJeans. Faker conquistou seu quarto mundial e Zeus foi eleito MVP
A equipe sul-coreana T1 fez história neste domingo ao ganhar pela quarta vez o campeonato mundial de League of Legends. Eles derrotaram a equipe chinesa Weibo Gaming por 3 a 0 na final do Worlds 2023. O jogo aconteceu no estádio Gocheok Sky Dome, em Seul, e bateu recorde de audiência, com 6,4 milhões de pessoas assistindo online, o maior número já visto em esportes eletrônicos.
Este título é um grande marco para o jogador Sang-hyeok “Faker” e para a T1. Faker, conhecido mundialmente no cenário de LoL, agora soma quatro campeonatos mundiais na carreira. O mais impressionante é que ele voltou após se recuperar de uma lesão na mão que o tirou dos jogos por um mês.
Cerimônia de abertura
Baekhyun (EXO) encantou o público na pele de Ezreal, um dos personagens de “Heartsteel”. Sua presença de palco, aliada à realidade aumentada, criou um espetáculo visualmente arrebatador. Com seu traje preto e laranja, ele não só personificou Ezreal, mas também trouxe uma energia contagiante, complementada por uma projeção animada que transformou o palco em um espetáculo visual.
Porém, Baekhyun não estava sozinho nesta jornada musical. Artistas de renome como o rapper americano Cal Scruby e as estrelas ØZI e Tobi Lou deram vida a Kayn, Sett e K’Sante, respectivamente. Cada um adicionou seu toque único aos personagens, criando uma atmosfera vibrante e imersiva.
A canção “Paranoia” mesclou realidade e virtualidade de maneira espetacular, lembrando aos fãs a energia e a inovação da apresentação do grupo K/DA no Worlds 2018. Já Baekhyun, mostrou mais uma vez sua versatilidade e carisma, consolidando seu status de estrela multifacetada no cenário do K-pop.
Apresentação do NewJeans
Contudo, o evento foi além com a estreia deslumbrante do grupo feminino NewJeans, que apresentou a faixa “Gods”, uma colaboração com a Riot Games. As integrantes Danielle, Hanni, Haerin, Hyein e Minji capturaram todos os olhares com suas vozes harmoniosas e uma coreografia marcante, vestindo trajes inspirados na skin Divine Sword Irelia.
A música “Gods” não é apenas um hino para os e-sports, mas também uma homenagem à jornada do campeão Kim “Deft” Hyuk-kyu. A performance alcançou seu clímax com a aparição surpresa de um Mordekaiser gigante em realidade aumentada, seguida por um emocionante confronto virtual entre Leona e Mordekaiser.
O encerramento, com NewJeans voltando ao palco ao som do hino instrumental, preparou o ambiente para a entrada triunfal das equipes finalistas, T1 e Weibo Gaming, prometendo uma noite inesquecível para os fãs de League of Legends e música ao redor do mundo.
Como foi o jogo
No primeiro jogo, a Weibo mostrou que não estava para brincadeiras, abrindo vantagem no placar de eliminações. Porém, essa foi a única vez que eles lideraram. A partir dos 18 minutos, a T1, com uma jogada magistral de Hyeon-jun “Oner”, assumiu o controle da partida. Uma batalha chave aos 21 minutos foi o ponto de virada, com a T1 eliminando todos os oponentes e conquistando o barão, pavimentando o caminho para uma vitória impressionante em 30 minutos.
O segundo jogo foi um verdadeiro show da T1. A equipe obteve o First Blood e dominou as lutas e o controle dos objetivos, deixando a Weibo sem opções. Oner brilhou mais uma vez, ajudando a sua equipe a alcançar uma vantagem esmagadora, culminando em uma vitória arrasadora com diferença de 14 mil de ouro.
O terceiro e último jogo começou de forma mais equilibrada, com a Weibo conseguindo uma pequena vantagem. Mas a T1, com uma estratégia focada em anular o jogador destaque da Weibo, TheShy, e fortalecer Zeus, seu próprio jogador, virou o jogo após uma luta decisiva perto do dragão, com três eliminações impressionantes nas mãos de Faker. A partir daí, a T1 dominou completamente, culminando na destruição do Nexus adversário e fechando a série em 3 a 0.
A vitória garantiu à T1 um prêmio de US$ 450 mil, enquanto a Weibo, apesar de não levar o título, conseguiu um prêmio de US$ 337,5 mil. A vitória da T1 não apenas cimenta seu status como um gigante no mundo de League of Legends, mas também demonstra a profundidade e a paixão que impulsionam este esporte eletrônico cada vez mais popular.
Zeus é eleito MVP da final
Durante a entrevista após a conquista do título no Worlds 2023, realizada no palco da grande final, Zeus relembrou a vitória de Kingen na final anterior, uma partida em que ele próprio estava do lado oposto. De acordo com ele, aquela experiência o fez acreditar que, com dedicação e esforço, ele também poderia alcançar o mesmo patamar de sucesso.
“No último ano, meu adversário de lane venceu o MVP na final, e eu estava no backstage assistindo ele receber o MVP junto ao título da final, comigo terminando com o vice-campeonato. Pensei que se trabalhasse duro, poderia ter o meu momento, e agora consegui isso. Gostaria de agradecer aos meus amigos, família e também ao Khan, que me ajudou muito durante os jogos asiáticos. Também quero agradecer à T1, aos jogadores e também ao Bengi, que era treinador da T1.”
Faker conquista quarto troféu mundial
Faker é considerado o maior jogador de todos os tempos do League of Legends. O atleta alcançou novamente o ápice mundial, conquistando o campeonato uma década após sua primeira vitória e sete anos após seu último título, reafirmando seu status lendário no cenário competitivo global. Apesar disso, essa foi a primeira conquista de Faker em casa, já que seus títulos anteriores foram nos EUA e na Europa.
“Fui sempre muito curioso sobre se o resultado seria diferente se eu começasse a focar apenas no processo em vez de focar na vitória ou na derrota. Quando eu consegui colocar todo o meu foco no processo disso, eu pude aprender ainda mais. Eu serei sempre grato que eu ainda estou aqui, no meu lugar, podendo jogar. E eu acho que isso permitiu melhorar a minha concentração, o que definitivamente se pagou para eu desempenhar muito bem”, Faker em entrevista coletiva.
Ele revelou que encarou o Worlds 2023 com uma mentalidade voltada para o processo, sem se prender aos resultados.
“Minha meta pessoal para o Mundial era sustentar uma serenidade e um estado mental tal que, mesmo se fosse derrotado por 3 a 0 na final, eu ainda conseguiria sorrir. Queria manter a estabilidade emocional, independentemente do desfecho do campeonato. Acredito que essa abordagem foi fundamental para alcançar os resultados positivos.”
Além disso, durante a entrevista, Faker também comentou e negou sobre uma possível aposentadoria após o título: “Como eu estou sob contrato com a T1, continuarei trabalhando com a organização. Tenho aprendido muito e crescido ao longo da minha carreira. Esta não é uma experiência que alguém possa ter, então continuarei trabalhando duro e pensarei em me aposentar mais tarde.”
Faker conquistou os títulos mundiais em 2013, 2015, 2016 e 2013.
Recorde de audiência
A final do campeonato se tornou um marco histórico nos esports, estabelecendo um novo recorde de audiência para o gênero. De acordo com as estatísticas fornecidas pelo Esports Charts, o confronto atingiu um pico impressionante de 6,4 milhões de espectadores simultâneos, superando o recorde anterior de 5,4 milhões, que pertencia à Free Fire World Series 2021.
Este feito coloca o Worlds 2023 não só como o evento mais assistido na história dos e-sports, mas também como um testemunho do crescimento contínuo e do interesse global no mundo dos jogos competitivos. A vitória da T1, consagrando a equipe com um tetracampeonato, adicionou ainda mais emoção e significado ao evento.
Streams em coreano, inglês e vietnamita alcançaram os maiores picos de audiência históricos, com 2 milhões, 1,69 milhões e 805 mil espectadores, respectivamente. Contudo, as estatísticas não incluem transmissões chinesas, é provável que o número total de espectadores seja consideravelmente maior.
Foto Destaque: T1 conquista tetracampeonato de League of Legends. Reprodução/Christina Oh/Riot Games