Um em cada cinco adolescentes coreanos sofre cyberbullying
Mais de 20% dos adolescentes na Coreia sofreram assédio online, incluindo intimidação e abuso verbal (cyberbullying)
O Instituto Nacional de Política Juvenil mediu o cyberbullying ou bullying virtual na Coreia por meio de uma pesquisa. O resultado foi divulgado no domingo (10) e mostrou que um a cada cinco adolescentes são diretamente afligidos. Os casos estão claramente relacionados ao tempo de exposição on-line dos adolescentes.
Na pesquisa, 20,1% dos entrevistados admitiram ter sido alvo de comentários depreciativos, evitados ou magoados emocionalmente em espaços online pelo menos uma vez nos últimos seis meses. Destes, 3% disseram ter sofrido esse tipo de assédio mais de dez vezes.
O instituto entrevistou um total de 1.038 adolescentes, sendo 508 estudantes do ensino fundamental, 507 estudantes do ensino médio e 23 adolescentes fora da escola. O instituto realizou a pesquisa em novembro de 2023.
Na pesquisa, 12,2% relataram e-mails, mensagens ou interações indesejadas persistentes nas redes sociais. Mais de 10% revelaram casos de impedimento de sair de grupos de chat no KakaoTalk e outros serviços. Dos inquiridos, 10% relataram coação para entregar ativos de jogos online.
Proliferação de conteúdos nocivos é preocupante
Igualmente, o relatório destacou que 32,8% das vítimas identificaram os seus amigos como os principais perpetradores, seguidos por estranhos com 29,4% e indivíduos que conheceram online com 13,1%.
Também, o relatório apontou a proliferação de conteúdos nocivos online como uma preocupação, com 61,5% dos inquiridos relatando fácil exposição a conteúdos violentos no YouTube. Além disso, mais de metade dos entrevistados relataram ter encontrado conteúdo explícito ou discurso de ódio direcionado a grupos específicos nessa plataforma.
Assim, os adolescentes que usam smartphones de três a quatro horas por dia durante a semana representam 21,5%. Enquanto 40,1% são os que se expõem, em média, por seis horas nos finais de semana.
Por fim, os autores da pesquisa apontaram que os adolescentes de famílias de baixa renda e com menor envolvimento dos pais nos seus hábitos de consumo de mídia tendem a passar mais tempo nos seus dispositivos.
Foto destaque:cyberbulying. Reprodução/Vivadi