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SM, JYPE e YG são investigados por suspeita de venda casada

Na quarta-feira (02), a Comissão do Comércio da Coreia abriu uma investigação por suspeitas de venda casada de photocards de k-pop.

Segundo o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, a prática que é denominada “venda casada” tem o intuito de atrelar o fornecimento de um produto ou serviço a outro, que usualmente é vendido separado, dessa forma o consumidor vai aceitar, pois necessita ou está vulnerável. Código de Defesa do Consumidor veda tal conduta por considerá-la abusiva.

Foi aberta uma investigação após diversas reclamações de que as grandes empresas estão se apresentando dos fãs para produzir muitas variações de photocards. Neste caso, venda casada se configura pelo fato dos photocards estarem estarem incluídos dentro dos álbuns. Isso faz com que fãs compram grandes quantidades de álbuns na tentativa de conseguirem o card de seu membro favorito ou até mesmo completar a coleção.


Photocards de idols coreanos (Foto: Reprodução/Divulgação)

Na Coreia, os preços dos álbuns podem variar entre 15 mil a 40 mil wones (entre cerca R$55 até R$ 150,00), considerando grupos grandes, como o NCT e SEVENTEEN, seria necessário gastar uma grande quantidade de dinheiro para se conseguir uma coleção completa.

Além disso, existe uma lei de oferta e demanda. Ou seja, quanto mais raro for considerado um photocard, mais alto será o seu valor de mercado. Não é difícil, por exemplo, encontrar vendedores pedindo preços até mesmo superiores ao valor de um álbum em um photocard apenas por haver poucas unidades dele.

As três empresas investigadas são das chamadas “Big 3” (“as três grandes”), consiste no grupo das maiores agências de k-pop da Coreia do Sul: SM Entertainment, JYP Entertainment e YG Entertainment. A denominação mudou nos últimos anos e passou a ser “Big 4” com a adição da HYBE Labels à lista. A sede da SM Ent. foi alvo de buscas no dia 31 de julho, enquanto a da JYPE foi ontem (01) e a da YG Ent. hoje (02).


Photocards do girlgroup AESPA (Foto: Reprodução/Divulgação)

Mesmo que esta alta procura tenha começado nos álbuns, empresas de outros ramos também se aproveitaram da tendência para aderir à prática e alavancar suas vendas. A Samsung foi uma delas ao incluir photocards do BTS para consumidores que comprassem produtos da parceria com o grupo.

No mesmo contexto, empresas do ramo alimentício fizeram o mesmo e obrigando consumidores a comprar grandes quantidades de seus produtos para ganharem os brindes. Os grandes afetados nesse caso foram os pais que se viram obrigados a comprar tais produtos para que seus filhos pudessem ter um card do membro favorito. Em alguns casos, adolescentes chegaram a arrumar emprego para conseguir dinheiro e conseguir alimentar a coleção.

Nesse último caso, a problemática nesse é porque os photocards de campanhas são produzidos por tempo limitado e acabam tendo um valor de mercado ainda maior quando são revendidos. Além disso, existem casos de adolescentes que compraram grandes quantidades de comidas e bebidas apenas para ganharem o photocard e em seguida desperdiçaram o alimento.

Foto destaque: Photocard do girlgroup BLACKPINK. (Reprodução/Divulgação)

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