Serviço de segurança presidencial é processado por ex-alunos do KAIST

Ex-alunos do Instituto Avançado de Ciência e Tecnologia da Coreia (KAIST) registram queixa por “uso excessivo de força”

Na terça-feira (20), a polícia recebeu uma denúncia contra o Serviço de Segurança Presidencial por um suposto abuso de autoridade oficial, agressão e confinamento de um estudante do KAIST. O estudante teria gritado com o presidente Yoon Suk Yeol durante uma cerimônia de formatura da escola na última sexta-feira. Um grupo de ex-alunos do KAIST (Instituto Avançado de Ciências e Tecnologia da Coreia) fez a denúncia.

Segundo Joo Si-hyung (professor do KAIST) e ex-alunos, o grupo apresentou uma queixa contra os funcionários de segurança presidencial pelo que nomearam de uso “excessivo” da força contra o estudante, durante uma conferência de imprensa em frente à Agência Nacional de Polícia em Seul. O grupo também condenou os cortes orçamentários do governo em projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D) liderados pelo estado.

Os seguranças do presidente retiraram Shin Min-ki, um graduado do KAIST e porta-voz do capítulo de Daejeon do partido progressista menor da Justiça, da cerimônia de formatura, arrastando-o pelos braços e pernas, depois que ele fez uma denúncia pública sobre os cortes no orçamento de I&D do governo.


Graduado da KAIST, Shin Min-ki é retirado a força de cerimônia de formatura por falar contra o presidente Yoon Suk Yeol. (Imagem: The Korea Times.)
Shin Min-ki, graduado da KAIST, é retirado à força da cerimônia de formatura por falar contra o presidente Yoon Suk Yeol. Reprodução/The Korea Times

Medidas Legais

O advogado do grupo afirmou que: “ Este é um caso de violência estatal em que o governo determinou o uso excessivo da força e agrediu uma vítima usando a segurança do Estado simplesmente por se manifestar em protesto contra os cortes orçamentais de I&D, sem qualquer intenção ou meio de prejudicar o presidente.”

O professor Joon acusou o serviço de segurança de infringir os direitos humanos básicos como liberdade de expressão e a liberdade pessoal. O grupo exigiu em resposta que o presidente Yoon “fizesse um pedido público de desculpas como o executivo-chefe que estava no local”.

Shin Min-ki diz ter perdido os óculos e ter os cordões da máscara cortados durante a remoção forçada. Após 30 minutos sendo detido em uma sala e vigiado por agentes de segurança, Shin foi então enviado à polícia para interrogatório. Medidas que de acordo com o gabinete presidencial, se tratou de uma “ação inevitável de acordo com a lei e os princípios de segurança”.

A investigação policial terá início dentro de duas semanas e Shin planeja tomar medidas legais em relação à remoção forçada, que recebeu críticas de partidos de oposição e grupos cívicos, além de provocar uma manifestação ainda mais forte por parte dos ex-alunos do KAIST contra os cortes orçamentários.

Foto Destaque: ex-alunos do KAIST realizam uma coletiva de imprensa em frente à Agência Nacional de Polícia em Seul. Reprodução/The Korea Times

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