Seoul restringe pacotes turísticos de baixo custo
Frequentemente culpados por comprometer a qualidade das experiências de viagens na Coreia do Sul, Seoul restringe pacotes turísticos ilegais
As agências de viagens frequentemente obtêm comissões ao direcionar turistas para locais “gratuitos”, como shoppings e duty-free. De acordo com a Prefeitura Metropolitana de Seoul, na segunda-feira, há planos de intensificar as repressões, monitoramentos e restrições a pacotes turísticos de baixo custo para evitar a degradação das experiências de viagem na capital. No ano passado, o governo da cidade realizou inspeções em guias turísticos ilegais e acomodações.
O governo metropolitano afirmou ter analisado 100 pacotes de viagem de baixo custo em quatro grandes agências de viagens online da China, dos quais 85 foram suspeitos de dumping (comissões por fora), que vem comprometendo a qualidade das experiências de viagens na Coreia. Em Seoul haviam 3.097 pacotes de viagem. Dessa forma, a cidade expandirá a investigação para outros países.
Ecossistema de turismo
Dos 85 casos suspeitos, 45 pacotes turísticos incluíam visitas a shoppings de seis a oito vezes em uma viagem de cinco dias. Esses pacotes turísticos, nitidamente, implicavam o pagamento de comissões a guias turísticos provenientes de shoppings, juntamente com a contratação de guias não licenciados para redução de custos. O diretor-geral Kim destaca a urgência de concentrar esforços na repressão das práticas ilícitas e na construção de um ecossistema turístico mais equitativo, através de uma colaboração estreita com instituições e empresas afins.
“Precisamos estar completamente preparados, já que atos prejudiciais como o dumping de pacotes turísticos diminuem a satisfação dos turistas internacionais e prejudicam o turismo em Seoul, que está se recuperando com dificuldade“, disse Kim Young-hwan, diretor-geral do Bureau de Turismo e Esportes da cidade.
Segundo o governo da cidade, será empreendida uma busca ativa por guias turísticos não licenciados, especialmente em destinos populares como Myeong-dong, no centro de Seoul. Observa-se a comercialização de pacotes de viagem ilegais até mesmo nas redes sociais. Além disso, a cidade está estabelecendo um ombudsman (ouvidoria geral) de turismo, uma expansão do centro de denúncias inaugurado no final do ano passado, visando reprimir atividades ilegais relacionadas a viagens em Seoul. Este sistema será composto por 10 especialistas encarregados de examinar os casos denunciados.
Plano de ação
Enquanto isso, o governo da cidade e a Organização de Turismo de Seoul realizarão uma conferência de negócios de turismo na terça-feira, onde 250 empresas relacionadas ao turismo, incluindo startups, hotéis e companhias aéreas, participarão. A cidade está atualmente hospedando um evento como parte de sua iniciativa para alcançar a meta de atrair 20 milhões de viajantes estrangeiros este ano.
Em setembro do ano passado, o governo da cidade anunciou seu grande plano com o objetivo de atrair 30 milhões de turistas por ano. Almeja-se alcançar uma taxa de revisita de 70%, incentivando, assim, os indivíduos a gastar 30 milhões de won (US$ 22.500) e a permanecer sete dias na capital até 2026. Além disso, Seoul restringe pacotes turísticos ilegais, estabelecendo metas ambiciosas para impulsionar o turismo na Coreia nos próximos dois anos.
Foto Destaque: Turismo na Coreia do Sul. Reprodução/Markus Winkler/Pexels
