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Residentes médicos.

Residentes de medicina aumentam paralisação mesmo sob aviso de ação legal

Protesto dos residentes de medicina ocorreu após o governo da Coreia do Sul anunciar aumento de vagas para o curso

A paralisação em massa realizada por estudantes de medicina residentes teve um aumento significativo nesta quinta-feira (22), na Coreia do Sul. Mesmo com o aviso do governo de intervir com medidas legais contra o protesto contrário ao plano do governo de aumentar o número de vagas para o curso de medicina.

Atualmente, os grandes hospitais gerais em Seul têm lutado para prestar atendimento aos pacientes, já que o número de força de trabalho diminuiu drasticamente, à medida que o protesto cresce. Com isso, autoridades do governo prometeram emitir mandados de prisão para quem estiver liderando as renuncias de residentes e estagiários.

De acordo com o Segundo Vice-Ministro da Saúde, Park Min-soo, 9.275 médicos residentes, que equivalem a expressivos 74,4 % de todos os médicos juniores, entregaram suas demissões. Além disso, 8.024 deles deixaram seus locais de trabalho até a noite dessa quarta-feira (21).


Mesas dos residentes vazias em um hospital geral de Busan. Divulgação/ Yonhap
Mesas dos residentes vazias em um hospital geral de Busan. Divulgação/ Yonhap

Impacto na saúde

Até então, o governo sul-coreano recebeu cerca de 150 reclamações relacionadas às renúncias coletivas. Park Min-soo, ordenou que cerca de 6000 residentes voltem a trabalhar, com a justificativa de que “os pacientes estariam esperando por eles neste momento”.

Com isso, uma preocupação genuína sobre o impacto na saúde com o “vácuo de mão de obra” tem se levantado. Segundo fontes médicas, as operações em salas cirúrgicas foram reduzidas para 50% de sua capacidade, nos cinco maiores hospitais gerais de Seul.

Consequentemente, os pacientes que aguardam cirurgias estão passando por atrasos que podem influenciar na recuperação ou tratamento da doença, podendo causar uma piora. “Estou com medo de que eu precise de um transplante de fígado por causa do atraso na cirurgia.”, disse online um paciente com câncer retal que se espalhou para o fígado.

Por outro lado, mesmo com a ordem do governo, os protestantes não demonstraram intenção de recuar. Para finalizar, a Associação Coreana de Internos Residentes, que o governo retirasse o plano de aumentar o número de estudantes de medicina em comunicado. Já a Associação Médica Coreana (KMA) informou que conduzirá uma votação com todos os membros para decidir se tomarão uma ação coletiva própria sobre o caso. A votação ocorre em 3 de março.

Foto destaque: Residentes de medicina. Divulgação/Reprodução

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