O apelo do banco central para trazer estrangeiros para serviços de cuidado a um salário mínimo mais baixo gerou controvérsias após relatório do BOK
Em um relatório divulgado pelo Banco da Coreia (BOK) nesta terça-feira (05), o banco observou que os sul-coreanos gastam mais de quatro vezes ao contratar cuidadores para idosos e crianças em comparação com as regiões vizinhas de Hong Kong, Taiwan e Cingapura. O custo está previsto para aumentar ainda mais devido à rápida expansão da população idosa e à contração da geração mais jovem. Para resolver a escassez, o banco sugeriu que a Coreia introduza salários mínimos separados para trabalhadores estrangeiros no setor de trabalho doméstico. Abaixo do salário mínimo legal, que atualmente é de 2,06 milhões de won (R$ 7.671) por mês.
“Os sul-coreanos pagam uma média mensal de cerca de 2.64 milhões à 3,7 milhões de won segundo o BOK. Nesse sentido, espera-se que a política salarial reduza o ônus financeiro dos cuidados e incentive mais sul-coreanos a ingressarem no mercado de trabalho doméstico. Além disso, o BOK também afirmou que tais serviços deveriam progredir sob um sistema de contratação privada, permitindo que sejam pagos abaixo do salário mínimo regulamentado. Em meio à controvérsia, o prefeito de Seul, Oh Se-hoon, acolheu a sugestão do banco em uma postagem no Facebook nesta quarta-feira.”, disse o prefeito de Seul.
“Se o plano de salário para o trabalhador estrangeiro for aplicado como mínimo padrão, pode chagar à mais de 2 milhões de won por mês, o que será um ‘sonho distante e impossível’ para famílias de renda média e baixa”, disse Oh, concordando também com a alegação do BOK sobre o efeito econômico da combinação do ônus financeiro e da escassez de cuidadores, interrupção de carreiras para mulheres e baixa taxa de fertilidade. “E tal situação não é simplesmente um problema de escassez de cuidadores, mas uma provação que pode causar danos a família, à medida que se tornam incapazes de trabalhar devido à criação de filhos, cuidados com os doentes ou pagamento excessivo por serviços de cuidados”, acrescentou Oh.
“O programa de cuidadores estrangeiros está programado para começar este ano sob uma parceria conjunta entre o Governo Metropolitano de Seul e o governo nacional”, afirmou o prefeito de Seul. No entanto, apesar desse avanço, o custo elevado do programa ainda é uma barreira significativa. De acordo com a Federação dos Sindicatos Coreanos, os cuidadores sul-coreanos já trabalham em um ambiente precário. Diante dessa realidade, ignorar tais condições e implementar medidas temporárias, como introduzir salários mínimos separados, causará conflitos desnecessários.”
O relatório do BOK, no entanto, gerou indignação sobre pagar salários abaixo do mínimo aos cuidadores estrangeiros para o problema real, juntamente com críticas e controvérsias nos âmbitos políticos e trabalhistas de que os cuidadores já trabalham em ambientes precários. Contudo, por outro lado se esse sistema permanecer e quanto mais casos ocorrerem, maior será a perda econômica que a nação pode sofrer pelo valor inalcançável para muitos.
Foto destaque: Estrangeiros para serviços de cuidados. Reprodução/Folha de São Paulo
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