Projeto de lei pode aumentar tensão partidária na Coreia do Sul
O projeto de lei sobre a investigação da morte de um fuzileiro naval tensionou ainda mais a disputa partidária no país
No próximo dia 19 de julho, o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, anunciará sua posição em relação ao projeto de lei sobre a investigação da morte de um fuzileiro naval. Este projeto é considerado controverso porque envolve questões sensíveis de governança, transparência e independência investigativa, além de ser um ponto de conflito político significativo entre o governo e a oposição na Coreia do Sul.
O veto de Yoon pode aumentar as tensões partidárias na Assembleia Nacional e a oposição, o Partido Democrata da Coreia, já espera pelo veto do presidente. Por isso, está se preparando para responder à decisão, que deve acontecer na sexta-feira (19). Nesse sentido, espera-se que Yoon vete o projeto de lei, uma vez que este supõe que a investigação sobre a morte do fuzileiro naval passou por interferências do gabinete presidencial e de outros militares.
Em uma declaração oficial, o escritório afirmou que o que está acontecendo dentro da Assembleia é um dos “atos mais vergonhosos de abuso legislativo na história constitucional”. Assim, o Partido Democrata está fazendo pressão para a realização de uma nova votação sobre o projeto de lei, até o final da próxima semana. Esta decisão pressupõe o veto do presidente Yoon.
“Nós planejamos avançar com o projeto de investigação especial sobre a morte do fuzileiro e cumprir nossa promessa anterior de aprovar o projeto antes do 1º aniversário (da morte de Chae em 19 de julho)“, disse o presidente interino e líder de bancada do principal partido de oposição, Rep. Park Chan-dae, na quarta-feira.
Projeto de lei é pressão para cumprimento de promessa
Neste domingo (07), o Partido Democrata pediu ao presidente Yoon para que cumprisse com sua promessa de, ele mesmo, lançar uma investigação especial caso os resultados das investigações em andamento, sobre as alegações de interferência pela Agência de Investigação de Corrupção para Funcionários de Alto Escalão e pela polícia, sejam insuficientes.
Este pedido refere-se à decisão de excluir o ex-comandante da 1ª Divisão dos Fuzileiros Navais (à qual o fuzileiro morto pertencia), Lim Seong-geun, da lista de suspeitos. Lim foi interrogado pela polícia em maio por sua possível responsabilidade na morte de Chae, como homicídio culposo.
Foto destaque: Sessão plenária realizada na Assembleia, em Seul Ocidental, sobre a morte do fuzileiro naval. Reprodução/Yonhap