Polícia sul-coreana prende mais de mil membros de gangues
A polícia sul-coreana prendeu cerca de 1.183 integrantes de gangues em todo o país. A maioria dos criminosos aplica golpes financeiros e são conhecidos como “gângsters MZ”
Nesta quarta-feira (20), a polícia sul-coreana anunciou a detenção de 1.183 membros de gangues. De acordo com as autoridades, a maioria dos criminosos possui idade menor que 30 anos e 189 deles já estão sob mandado de prisão.
A Agência Nacional de Polícia estava realizando uma operação especial durante o segundo semestre deste ano, de agosto a dezembro. Além disso, no período entre março e julho, a polícia sul-coreana já havia detido 1.589 membros de gangues.
A operação especial realizada neste segundo semestre, quando comparada ao mesmo período do ano passado, prendeu 44.6% criminosos a mais. O aumento das detenções fez que a polícia sul-coreana constatasse um crescimento acelerado no número de “gângsters MZ”, acusados de cometer golpes financeiros.
Preocupação da polícia sul-coreana
As autoridades sul-coreanas expressam preocupação com a próxima geração de gângsteres, cujo foco mudou de violência para crimes financeiros. Nesse sentido, ações recentes da polícia mostraram de forma clara o aumento da inclusão de jovens golpistas independentes em facções criminosas.
Os “lobos solitários”, como são conhecidos, estão entrando em gangues maiores devido aos interesses mútuos entre eles e as organizações criminosas. Além disso, constatou-se que 45 “gângsters MZ” formaram uma nova gangue que surgiu do desentendimento entre outros integrantes.
No início deste mês, como resposta ao crescente aumento de golpistas no país, o Escritório de Procuradores Supremos realizou uma grande consultoria para cerca de 60 procuradores e investigadores de toda a Coreia do Sul para que aprendessem a lidar com essa nova geração de criminosos.
Integração golpista
Outro ponto importante destacado pelas autoridades foi a descoberta da colaboração entre facções criminosas diferentes. De acordo com a polícia, os golpistas compartilham informações entre si, independente de qual gangue participam, para ajudar uns aos outros a cometer mais crimes.
Foto destaque: Polícia sul-coreana. Reprodução/Yonhap