De acordo com inquérito governamental realizado no final do ano passado, 12,6% dos que sofreram abusos físicos dos cônjuges disseram sentir suas vidas em perigo
Segundo uma pesquisa governamental divulgada na terça-feira, aproximadamente 20% das pessoas relataram ter sofrido abusos físicos por parte de seus parceiros durante o namoro, marcando a maior proporção já registrada. Da mesma forma, um em cada quatro cônjuges relatou experienciar tal situação. No final do ano passado, em uma pesquisa realizada pelo Gabinete com 2.950 pessoas revelou que 18% dos entrevistados relataram ter sofrido abuso físico dos seus parceiros. Um aumento em relação aos 12,6% na pesquisa anterior em 2020.
Analisando por gênero, 22,7% das mulheres entrevistadas relataram terem sido vítimas de abusos físicos por parte de seus parceiros. Enquanto 12% dos homens entrevistados afirmaram o mesmo. De acordo com a pesquisa, 27,5% das mulheres entrevistadas relataram que seus maridos as agrediram fisicamente, enquanto 22% dos homens entrevistados afirmaram que suas esposas os agrediram fisicamente.
Dentre os que foram vítimas de abuso físico por parte dos cônjuges, 12,6% afirmaram sentir que suas vidas estavam em perigo. A ministra de Estado responsável pela igualdade de gênero, Ayuko Kato, disse numa conferência de imprensa na terça-feira que: “O abuso, incluindo o sexual, é uma violação grave dos direitos humanos e nunca deve ser tolerado. Com base nos resultados desta pesquisa, planejamos chegar à raiz do problema e agir em conformidade”.
A perseguição também emergiu como uma preocupação destacada. Um número recorde de 14% das mulheres entrevistadas afirmou ter sofrido perseguição, enquanto 5,7% dos homens relataram o mesmo. Entre os perseguidores, os ex-parceiros constituíam quase um quarto, seguidos por colegas de trabalho (21,6%) e colegas de escola (17,9%).
Após a alteração da legislação no ano anterior, que ampliou o conceito de violação para incluir sexo não consensual. O mais recente levantamento também abordou questões sobre “relações sexuais não consensuais”. No inquérito de 2020, eles usaram o termo “relações sexuais coercitivas”. De acordo com a pesquisa, aproximadamente 40% das pessoas disseram ter vivenciado sexo não consensual aos 20 anos, enquanto cerca de 20% relataram ter enfrentado atos sexuais não consensuais entre os 15 aos 19 anos. Outros 15% indicaram que estavam na escola primária quando o abuso ocorreu.
Foto Destaque: Imagem de pessoa sentada na escada.Reprodução/Hospital Pequeno Príncipe
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