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Persona Sulli: o peso da fama na Coreia do Sul
Em um documentário comovente, Sulli desabafa sobre as pressões da fama e a busca por autenticidade em um mundo que a via como um produto
Em uma revelação emocionante, a artista sul-coreana Sulli compartilhou as duras realidades de sua vida sob os holofotes em “Persona: Sulli”, lançado pela Netflix. A sinceridade de Sulli, cujo nome verdadeiro é Choi Jin-ri, emergiu através de suas palavras e lágrimas, conforme ela detalhava a luta contra as críticas e a pressão incessante de uma indústria que a via mais como um produto do que como pessoa. Esta entrevista tocante compõe parte do documentário, que é um olhar introspectivo sobre a vida e os sentimentos da falecida estrela.
A obra, lançada no dia 13 de novembro, é uma coleção de duas partes distintas: o curta “4: Clean Island”, protagonizado pela própria Sulli, e o documentário extensivo dedicado à sua memória. A série, originalmente concebida como uma compilação de curtas-metragens, enfrentou um destino incerto após a súbita morte de Sulli em 14 de outubro de 2019, mas agora chega ao público, quatro anos após, como um tributo póstumo à sua vida e carreira.
![Persona Sulli. Reprodução/Netflix](https://i0.wp.com/koreanmagazinebr.com/wp-content/uploads/2023/11/maxresdefault-1024x576.jpg?resize=1024%2C576&ssl=1)
Entre lágrimas e reflexões
A luta de Sulli contra os assediadores virtuais foi um tema central da entrevista. Com lágrimas nos olhos, ela questionou se os autores de rumores mal-intencionados sentiam algum remorso, destacando a banalidade com que as pessoas julgam umas às outras, muitas vezes sem prever as consequências devastadoras de seus atos.
“Aquela pessoa provavelmente não pensou que acabaria assim. As pessoas falam sobre os outros o tempo todo, mas aquele amigo apenas teve azar e foi pego, certo?”, disse Sulli.
Sulli relatou o quão árduo foi buscar justiça legal, sublinhando que o processo foi mais doloroso do que qualquer outra emoção que pudesse sentir, revelando a complexidade de seus sentimentos ao perdoar aqueles que lhe causaram tanto sofrimento.
“Eu sofri ainda mais enquanto buscava ação legal. Foi mais doloroso do que me sentir feliz ou irritada ou deixar as coisas passarem. Doeu quando eu disse que aquela pessoa foi pega, e doeu quando aquela pessoa estava sinceramente arrependida. Naquela época, apenas receber um pedido de desculpas era doloroso, não importava como eu o aceitasse. Acho que estava continuamente perdoando os outros durante aquele tempo.”
![Sulli](https://i0.wp.com/koreanmagazinebr.com/wp-content/uploads/2023/11/sulliex-integrante-do-grupo-sul-coreano-f-x-1571053029879_v2_4x3-1024x768.jpg?resize=1024%2C768&ssl=1)
Uma jornada pessoal na tela
Contudo, Sulli também falou sobre o crescimento pessoal advindo de suas adversidades. Ela expôs a transformação em sua percepção sobre vulnerabilidade e força, rejeitando a ideia de que orgulho e falta de compaixão são virtudes. Ao admitir sua fragilidade, ela encontrou uma forma inesperada de resiliência. Com relação ao futuro, Sulli deixou claro que, apesar das incertezas, seu desejo era viver uma vida plena e estável.
“Não sei sobre o futuro. Essa pergunta parece muito difícil. Quero viver bem. Quero ser saudável e ter estabilidade.”
Suas palavras finais ressoam com uma simplicidade tocante e um desejo universal de paz interior, deixando os fãs e o público em geral contemplativos sobre o preço da fama e a busca pela felicidade genuína.
Foto Destaque: Sulli em documentário da Netflix. Reprodução/Netflix