Korean Magazine BR

Importação de cerveja japonesa aumenta na Coréia do Sul

Consumo de produtos japoneses aumenta na Coreia

Em meio a protestos da China contra o despejo de águas residuais de Fukushima, a Coreia do Sul aproveita a desvalorização do Iene

Em agosto de 2023, o Japão decidiu começar o despejo das águas residuais de Fukushima no Oceano Pacífico. O atual presidente da Coreia do Sul, Yoon SukYeol, assegurou a população de que a água descartada é segura. A população dos países vizinhos, entretanto, não tem certeza se acredita no depoimento do governo japonês sobre o caso.

Na China os protestos No-Japan seguem fortes, enquanto o oposto pode ser observado na Coreia do Sul. Houve um aumento de 239% na importação de cervejas japonesas em relação a 2022. Além do aumento no consumo de comidas, roupas, carros, turismo e cultura pop.


Usina de energia nuclear em Fukushima-Japão/Foto: Shohei Miyano/Kyodo News/AP/picture alliance
Usina de energia nuclear em Fukushima-Japão/Foto: Shohei Miyano/Kyodo News/AP/picture alliance

O aumento no consumo

A Uniqlo do Japão, uma multinacional que confecciona roupas, fechou mais de 60 lojas na Coreia do Sul nos últimos 3 anos. Isso por conta de um boicote local. O Japão teria proibido a exportação de algumas peças industriais para o país. Este ano houve um aumento de 73% nas vendas da marca, que se expandiu para Gyeongju, Busan e a provícia de Gyeongsang do Norte.

A marca Toyota registrou um aumento de 125% nas vendas para o público sul-coreano, e agora visa atingir a marca de 10.000 vendas no país.

No turismo, as viagens para o Japão aumentaram cerca de 35% em uma agência chamada Hana Tour, principalmente por conta do feriado nacional de Chuseok. De janeiro a julho, sul-coreanos totalizaram 3,75 milhões dos 13 milhões de turistas que visitaram o Japão em 2023, segundo a Organização Nacional de Turismo do Japão.

Protestos No-Japan e as águas residuais

Pescadores sul-coreanos protestam contra descarga de águas residuais radioativas do Japão/Foto: Yang Chang/Xingua News

Desde o tsunami que desolou a região de Fukushima em 2011, o Japão detém uma grande quantidade de água residual que danificou a usina nuclear na época. A água em questão foi tratada por processos de filtragem e atualmente apresenta um risco mínimo de contaminação.

A Agência Internacional de Energia Atômica, o órgão de controle nuclear das Nações Unidas deu respaldo sobre a questão. Mesmo assim, a decisão não agradou o governo Chinês, que acusou a organização de ser unilateral.

A China acabou proibindo a importação de produtos japoneses afim de proteger a população de possíveis contaminações. O ato resultou na desvalorização do Iene, que por sua vez, resultou na maior aderência desses produtos pela população sul-coreana.

Foto destaque: Importação de cerveja japonesa aumenta na Coreia do Sul/Foto: Notícias Yonhap

Rolar para cima