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Número de mulheres empregadas cresce na Coreia, mas desigualdade salarial persiste

Apesar do crescimento no mulheres empregadas na Coreia, a diferença salarial entre homens e mulheres continua a ser um grande desafio, segundo dados recentes da Statistics Korea

Pela primeira vez na história, o número de mulheres empregadas na Coreia do Sul superou a marca de 10 milhões, conforme revelam dados recentes da Statistics Korea. Esse marco reflete o crescente impacto das mulheres no mercado de trabalho do país, evidenciando suas contribuições em diversos setores, mesmo diante de desafios persistentes relacionados à desigualdade de gênero, que ainda limitam seu pleno potencial e reconhecimento profissional.

De janeiro a agosto deste ano, em média 10,15 milhões de mulheres estavam ocupando alguma posição no mercado de trabalho, sejam elas permanentes ou temporárias. Esse é o maior número desde que a agência de estatísticas começou a acompanhar o emprego feminino em 1963. Em termos proporcionais, as mulheres agora representam 46,1% dos trabalhadores assalariados na Coreia, o que consolida uma participação cada vez maior no mercado.


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Homem ocupando posição no mercado de trabalho, simbolizando a disparidade salarial e de oportunidades entre homens e mulheres no mercado de trabalho. Reprodução/ Freepik

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A expansão da presença feminina acompanha o aumento na participação econômica das mulheres ao longo das décadas. Em 1963, apenas 574 mil mulheres estavam empregadas. Hoje, esse número cresceu mais de 17 vezes, refletindo uma evolução contínua, mas lenta, em termos de igualdade de oportunidades de trabalho. Do total de mulheres empregadas, cerca de 68,6% têm contratos de longo prazo, com duração de um ano ou mais.

Por outro lado, 28,6% das mulheres empregadas ocupam posições temporárias com contratos que variam entre um mês e um ano, enquanto 2,8% trabalham com contratos de menos de um mês, o que indica uma certa fragilidade na estabilidade de suas ocupações. Além disso, o número de mulheres trabalhando de forma autônoma também teve um salto expressivo, com 1,72 milhão de mulheres ocupando cargos como empresárias ou freelancers, o que equivale a 30,5% de todos os trabalhadores independentes.

Apesar dos avanços no número de mulheres trabalhando e sua crescente relevância no mercado, a Coreia ainda enfrenta um problema grave: a disparidade salarial entre os gêneros. Em 2022, a diferença salarial entre homens e mulheres alcançou 31,2%, a maior entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Isso significa que, em média, as mulheres sul-coreanas ganham apenas 68,8% do que os homens recebem para funções equivalentes.

Essa diferença coloca a Coreia na última posição entre as nações da OCDE no quesito igualdade salarial. A desigualdade salarial, combinada com barreiras culturais e estruturais, ainda coloca obstáculos significativos para as mulheres que buscam avançar em suas carreiras. Embora a marca de 10 milhões de mulheres empregadas represente um passo importante, a luta pela equidade no trabalho ainda tem um longo caminho pela frente.

Foto destaque: Mulher ocupando posição no mercado de trabalho. Reprodução/ Pixabay

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