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Nova fuga para o Sul marca terceira deserção de norte-coreano em dois meses

Homem norte-coreano cruza fronteira marítima em um momento de acirramento das tensões entre as duas Coreias

Na última sexta-feira (4), um oficial militar sul-coreano confirmou a chegada de mais um desertor norte-coreano ao país. Essa é a terceira deserção registrada nos últimos dois meses, refletindo um aumento significativo nas fugas do regime autoritário de Kim Jong Un, que enfrenta uma grave crise interna e escassez crônica de alimentos.

Segundo as  autoridades sul-coreanas, o homem chegou ao país na manhã do dia 17 de setembro, após cruzar a fronteira marítima ocidental a bordo de um barco de madeira. Ele foi monitorado desde o momento em que cruzou a Linha de Limite do Norte, próximo à ilha de Baengnyeong, no Mar Amarelo. Para garantir sua chegada em segurança à Coreia do Sul, os soldados prestaram o devido auxílio. No entanto, mais detalhes sobre a identidade do desertor e as circunstâncias que envolveram a operação permanecem em sigilo.


Soldado sul-coreano observando a zona desmilitarizada | Reprodução/ USFK/ NK News


A recente deserção acontece em um momento de acirramento das tensões entre as duas Coreias. Nos últimos meses, o exército da Coreia do Norte anunciou planos de bloquear permanentemente a fronteira com o Sul. De acordo com o almirante Kim Myung-soo, chefe do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, essa iniciativa faz parte de um esforço mais amplo do regime norte-coreano para tentar barrar o aumento de desertores.

Em agosto, um soldado norte-coreano atravessou a fortificada fronteira terrestre entre as Coreias, enquanto outro desertou ao cruzar a zona neutra da foz do rio Han. Desde o fim de 2023, as relações entre os dois países têm se deteriorado, com o Norte reforçando suas defesas ao longo da fronteira e cortando as antigas rotas terrestres que conectavam as Coreias.

Apenas no primeiro semestre de 2024, 105 norte-coreanos conseguiram atravessar para o Sul, um número que supera ligeiramente o total do mesmo período no ano anterior. Esse clima de tensão é agravado pelos contínuos lançamentos de balões de lixo vindos do Norte e pela resposta de Seul, que tem intensificado suas campanhas de propaganda anti-Pyongyang. A escalada armamentista e as trocas de ameaças entre os dois países deixam a situação na península coreana cada vez mais instável.

Foto Destaque:  Vista de umas das ilhas próxima ao Mar Amarelo. Reprodução/ Imparcial News

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