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Ministério da Cultura, Esportes e Turismo identifica gestão inadequada na Associação de Futebol da Coreia

A auditoria revelou que 42 dos 43 técnicos contratados para as seleções pela Associação de Futebol da Coreia não tiveram aprovação do conselho

O Ministério da Cultura, Esportes e Turismo da Coreia do Sul divulgou na última terça-feira (5), os resultados finais de uma auditoria específica realizada na Associação Coreana de Futebol (KFA). A investigação, que teve início em 29 de julho, analisou diversos assuntos de interesse público, incluindo a nomeação dos técnicos da seleção nacional, Jürgen Klinsmann e Hong Myung-bo, a suspensão e revogação do perdão de membros da associação envolvidos em irregularidades, além da administração de fundos para a construção de um centro de futebol na Coreia, pagamento de consultorias para diretores não remunerados, supervisão de qualificação de técnicos e outros aspectos operacionais.

A nomeação dos técnicos da seleção, especialmente de Jürgen Klinsmann e Hong Myung-bo, foi um dos pontos de maior interesse. No dia 2 de outubro, o Ministério revelou irregularidades nos procedimentos seguidos pela Associação para contratar os técnicos, contrariando regulamentos e procedimentos internos. Na conclusão da auditoria, foram identificadas 27 ocorrências de gestão inadequada ou ilegal, levando o Ministério a recomendar sanções disciplinares e melhorias para a correção das falhas. Entre as recomendações, destaca-se a necessidade de suspensão das funções do presidente Chung Mong-gyu, por conta de sua responsabilidade nas decisões irregulares de contratação dos técnicos da seleção.


Presidente da presidente Chung Mong-gyu Chung Mong-gyu
Presidente da Associação Coreana de Futebol, Chung Mong-gyu Chung Mong-gyu. (Foto: Reprodução/Yonhap)

Dados revelados

Além disso, foi recomendado que o Comitê de Fortalecimento da Seleção proponha novamente candidatos para a seleção do técnico, corrigindo os erros cometidos anteriormente. A auditoria revelou que 42 dos 43 técnicos contratados para as seleções não seguiram o processo de aprovação pelo conselho, o que prejudica a transparência e a justiça nas nomeações. Verificou-se ainda que alguns treinadores não possuíam a certificação obrigatória da Confederação Asiática de Futebol (AFC), com a Associação justificando a contratação por meio de títulos acadêmicos e experiência.

O Ministério também enfatizou a necessidade de um sistema de governança mais robusto, no qual o processo decisório sobre a contratação de técnicos seja compartilhado entre diferentes membros da Associação, evitando qualquer concentração de poder. A transparência nas etapas de seleção deve ser garantida, permitindo que todos os envolvidos possam acompanhar os critérios e procedimentos adotados. Além disso, o regulamento proposto deverá incluir mecanismos de controle, como auditorias periódicas e revisões de decisões, para assegurar que os processos de nomeação estejam em conformidade com as normas legais e éticas.


Auditor Choi Hyun-joon do Ministério da Cultura, Esportes e Turismo em pronunciamento.(Foto: Reprodução/Yonhap) 

A Associação deverá ainda proporcionar espaço para recursos ou contestações, caso algum membro ou interessado considere que o processo foi conduzido de forma inadequada. A implementação dessas medidas visa fortalecer a confiança pública na integridade do processo e garantir a seleção dos melhores profissionais para o cargo. O Ministério ressaltou que, caso essas recomendações não sejam atendidas, poderá haver sanções que comprometerão a continuidade das operações da Associação.

Outro ponto crítico foi a construção do Centro de Futebol. A Associação assinou um contrato de empréstimo de 61,5 bilhões de wons com o Hana Bank, sem a aprovação prévia do Ministério, como requerido. Além disso, alterou o projeto de construção do estádio para incluir um escritório, contrariando o acordo com o Ministério, que determinava que a sede fosse construída em outra estrutura.

A entidade ainda solicitou indevidamente 5,6 bilhões de wons em subsídios com um plano de construção que omitia a inclusão do escritório. Além dessas falhas, foram identificados problemas em outros projetos, como o pagamento inadequado de honorários para diretores não remunerados e a gestão de sistemas de dados. A organização deverá concluir a implementação das mudanças e relatar os avanços em até dois meses.

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Foto Destaque: Logo da Associação Coreana de Futebol (KFA). Reprodução/KFA

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