Min Hee-jin exigiu o direito de rescindir o contrato da NewJeans
A CEO da ADOR reivindicou o direito da rescisão com os membros da NewJeans sem aprovação, de acordo com HYBE
Em segunda semana de rivalidade entre a controladora, HYBE, e sua subsidiária ADOR: A HYBE afirma que a CEO da ADOR, Min Hee-jin, requisitou a quebra do contrato da agência com os integrantes da NewJeans conforme julgasse apropriado. A ADOR alega que a solicitação foi uma medida necessária para resguardar a própria empresa e os membros da banda, em meio a uma sucessão de falsidades e equívocos. Segundo afirma, esses ocorreram mesmo antes da estreia do grupo feminino.
Na manhã de quinta feira, surgiram informações de que o produtor da banda NewJeans, Min, havia requisitado à HYBE o direito de rescindir o contrato da ADOR com os cinco integrantes da NewJeans sem a aprovação de seu conselho. Tal solicitação surgiu como parte das alterações que ela demandou em seu contrato de acionista com a HYBE em 16 de fevereiro. Além disso, ela também pediu que determinadas cláusulas referentes às suas ações na ADOR, as quais ela argumentou tornarem o acordo uma espécie de “contrato de escravidão”, fossem retificadas, de acordo com suas declarações feitas em uma coletiva de imprensa na semana passada, que desde então se tornaram viral.
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Negociações e Revelações: Min e HYBE
Atualmente, a HYBE detém 80% das ações da ADOR, enquanto Min possui 18%, e os demais executivos da gravadora detêm os 2% restantes. No entanto, é importante notar que Min possui uma opção de venda para 75% de suas participações sob o acordo atual, o que lhe confere o direito de vendê-las a partir de novembro. Contudo, qualquer tentativa de venda do restante das suas ações exigiria a autorização prévia da HYBE.
Min está sujeita a restrições contratuais que impedem outra empresa de se associar a ela até que sua participação completa seja vendida. A HYBE divulgou sua disposição de permitir que Min se una a um concorrente um ano após sua saída da ADOR, desde que ela cumpra o requisito de trabalhar para a subsidiária por um período de oito anos. No entanto, Min não respondeu a essa oferta, conforme relatado por seu advogado da Shin & Kim.
De acordo com um comunicado divulgado pela Shin & Kim em um comunicado à imprensa na quinta-feira, Park Ji-won, CEO da HYBE, revelou que Min solicitou pessoalmente, durante uma reunião presencial, o direito de tomar decisões significativas em relação aos contratos com a NewJeans e outros subcontratados. Essa reunião ocorreu em 25 de janeiro, conforme informado pelo escritório de advocacia.
O pedido de Min foi justificado como uma medida para proteger os direitos de gestão independente da marca e para resolver a suposta interferência injusta da HYBE durante o processo de estreia da NewJeans. Segundo Min, a HYBE havia prometido que a NewJeans seria o primeiro grupo feminino sob seu guarda-chuva, mas posteriormente optou por estrear Le Sserafim da Source Music primeiro. Min também afirmou que a instruíram a permanecer em silêncio sobre a NewJeans durante esse processo, a fim de promover Le Sserafim junto ao público
Entre promessas, adiamentos e audições
A HYBE esclareceu que o atraso na estreia da NewJeans foi resultado de um pedido feito por Min para estabelecer uma marca separada para ela. Porém, isso desencadeou um processo burocrático considerável. Esta requisição de Min demandou tempo significativo para sua implementação, contribuindo assim para o adiamento do lançamento da banda.
“HYBE havia assegurado que a NewJeans seria o primeiro grupo feminino de Min Hee-jin e o primeiro grupo feminino da própria HYBE, desde o ‘Plus Global Audition'”, afirmaram Shin & Kim. Esse evento, o Plus Global Audition, foi uma série de audições conduzida pela Source Music e pela Big Hit Entertainment (antigo nome da HYBE) em 2019. Tinha como objetivo recrutar membros para um novo grupo feminino. “Lamentamos profundamente que a HYBE continue a disseminar informações falsas sobre o lançamento da NewJeans, ignorando os fatos.”, complementaram.
Na quinta-feira, durante uma teleconferência, o CEO da HYBE expressou desculpas pela confusão enfrentada pelos acionistas em meio à turbulência. No entanto, ele descreveu como parte do processo de “tentativa e erro” do sistema multimarcas. Park reconheceu que a agência BTS registrou lucros abaixo do esperado para o primeiro trimestre de 2024. Ele assegurou que a HYBE está investigando minuciosamente todos os fatos relacionados e tomará as medidas necessárias. Apesar disso, optou por não fornecer detalhes adicionais sobre o conflito com a ADOR.
ADOR planeja medidas para desafios
Park ressaltou aos investidores que a estratégia multilabel adotada pela HYBE foi crucial para sua expansão bem-sucedida. Ademais, alega ainda que isso proporcionou um portfólio diversificado e resiliente, mesmo diante dos desafios e contratempos enfrentados. Ele reafirmou firmemente o compromisso da empresa em abordar de forma proativa os problemas atuais, garantindo soluções eficazes e buscando constantemente melhorias no sistema.
Por outro lado, os advogados da ADOR revelaram aos repórteres na terça-feira que a agência NewJeans planeja convocar uma reunião do conselho até 10 de maio e realizar uma assembleia de acionistas até o final de maio. Essas medidas indicam uma movimentação da ADOR para abordar os desafios enfrentados e buscar soluções para os problemas em curso.
Legenda Destaque: Min Hee-jin.Reprodução/HYBE