Médicos e governo lutam para negociar aumento de cotas universitárias
Médicos e governo discutem sobre a expansão de cotas na área da saúde, e causam incertezas e controvérsias no setor
O setor médico e o governo discutem como ajustar o aumento da cota de admissão nas faculdades de medicina. O governo reverteu sua posição para revisar um atraso de um ano no aumento da cota, enquanto a divisão interna do setor médico cresce. Enquanto isso, o escritório presidencial disse na segunda-feira (08), que o governo “nunca revisou a opção de adiar o aumento da cota de admissão em faculdades de medicina” e “não tem planos de fazê-lo no futuro”.
A Associação Médica Coreana (KMA), propôs um adiamento de um ano no aumento da cota e a formação de um órgão consultivo para determinar o tamanho apropriado para o aumento da admissão.
Médicos e governo negociam revisão
Ainda, naquele dia, o segundo vice-ministro da Saúde, Park Min-soo, disse que adiar o aumento da cota por um ano seria revisado internamente. Além disso, ele absteve-se de mencionar se a opção poderia ser aceita ou não. Da mesma maneira, após as eleições gerais de 10 de abril, o escritório presidencial revisará qualquer alternativa detalhada proposta pelo setor médico e decidirá se modificará o número de vagas de admissão adicionadas em medicina.
“O governo deixa uma possibilidade de diálogo se o setor médico apresentar fundamentos científicos e razoáveis com uma voz unificada“, disse um oficial presidencial.
Sem sugestões para expansão de cotas
O oficial disse que o governo espera ter uma alternativa endossada pela comunidade de saúde, que atualmente está incentivando os médicos a compartilharem suas ideias. Igualmente, Park disse que não é “impossível” reduzir o aumento da cota, pois o número de vagas de admissão pode ser ajustado até que cada universidade finalmente defina seus critérios de admissão.
No entanto, ele acrescentou que tal opção ainda é “realisticamente difícil” e provavelmente causará “caos” considerando a situação atual, na qual a autoridade já alocou as vagas para cada faculdade de medicina. Também, o intervalo de tempo entre o governo anunciar a cota de admissões e as faculdades de medicina revelarem seus critérios de admissão é curto, deixando ao setor médico tempo limitado para propor uma alternativa.
Contudo, preparações para aceitar cerca de 5.058 novos estudantes de medicina – refletindo um aumento de 2.000 vagas na cota atual de 3.038 vagas – para o ano letivo de 2025 avançam suavemente, de acordo com o escritório presidencial.
Próximo ano letivo ininterrupto
O oficial presidencial não comentou sobre as respostas mistas em relação a Park Dan, chefe do grupo de médicos juniores da Associação de Internos Residentes Coreanos (KIRA), que se encontrou com o presidente Yoon Suk Yeol na última quinta-feira.
No entanto, o diálogo entre Park e Yoon provocou controvérsia entre os médicos juniores, dizendo que tais ações não foram prearranjadas nem discutidas com seus colegas pares. Dado isso, das 40 faculdades de medicina do país, 16 retomaram as aulas para permitir que seus alunos continuem seus estudos sem penalidades acadêmicas, de acordo com o Ministério da Educação na segunda-feira.
Sala de aula na universidade de medicina em Daegu vaga no dia 25 de março, uma vez que os estudantes se recusam a participar do curso para protestar. Reprodução/YONHAP
Em contrapartida, estudantes de medicina estão boicotando as aulas desde o início do semestre de primavera para protestar contra o plano do governo de expandir a cota de admissão das faculdades de medicina. Além disso, com uma grande reprovação iminente, 23 escolas também planejam iniciar os cursos neste mês. Apenas a faculdade de medicina da Universidade Soon Chun Hyang não decidiu se iniciará seu semestre.
Foto destaque: Médicos e governo estão em debate sobre a ampliação das cotas para entrada de alunos nas faculdades de medicina. Reprodução/Anthony Wallace/AFP/Getty Images