Kim Jong-un afirma que não irá evitar guerra com Coreia do Sul
O líder norte-coreano, Kim Jong-un, também declarou a Coreia do Sul como principal inimigo, aumentando as tensões na península
Nesta quarta-feira (10), Kim Jong-un, líder da Coreia do Norte, declarou a Coreia do Sul como o “principal inimigo” do país. De acordo com a mídia estatal, ele afirmou que não tem intenção de evitar uma guerra.
Durante uma inspeção a grandes fábricas de munições, Kim ameaçou aniquilar o Sul se este tentasse usar a força contra o Norte. Todavia, foi a Agência Central de Notícias Coreana (KCNA) oficial do Norte que deu o relato.
Kim enfatizou que a prioridade nas relações com o estado hostil é reforçar as capacidades militares para a autodefesa e a dissuasão da guerra nuclear. Ele afirmou que não iniciará uma guerra unilateralmente, mas também não tem intenção de evitar uma.
Kim declarou que, se o Sul tentar usar as forças armadas contra a RPDC ou ameaçar sua soberania e segurança, ele não hesitará em aniquilar a República da Coreia. Além disso, ele expressou satisfação com a implantação de novos tipos de armas e equipamentos nas fábricas e ordenou-lhes que aumentassem mais estritamente a preparação para a guerra do país.
Os comentários de Kim foram feitos após ele ter caracterizado as relações intercoreanas como aquelas de “duas nações hostis entre si”. Entretanto, ele disse que não faz sentido procurar a reconciliação e a unificação com a Coreia do Sul.
Tensão na península
Desde então, Pyongyang tem aumentado a tensão na Península Coreana, disparando centenas de projéteis de artilharia da sua costa oeste para a zona tampão marítima perto da Linha Limite Norte, a fronteira marítima de facto no Mar Amarelo.
Na segunda-feira (8), os militares do Sul disseram que retomarão os disparos de artilharia e os exercícios perto da fronteira marítima e terrestre. Eles observaram que os recentes bombardeamentos de Pyongyang anularam as zonas onde o fogo real e os exercícios de grande escala são proibidos.
Foto destaque: Líder norte-coreano, Kim Jong-un. Reprodução/India Times