
Kakao, gigante da tecnologia, é duramente criticada após práticas abusivas
A empresa de tecnologia sul-coreana, Kakao, vem sofrendo fortes críticas após iniciar uma investigação contra seus funcionários
O sindicato trabalhista acusou a empresa de tecnologia Kakao de práticas abusivas contra seus funcionários. Tudo começou após a empresa abrir uma investigação no ano passado para apurar o vazamento de informações de que a aquisição da plataforma de táxi FreeNow, sediada na Alemanha, estava em risco.

A empresa solicitou aos funcionários que assinassem um documento de acordo para coletar seus dados digitais, incluindo a entrega de seus telefones pessoais para análise forense. Caso os funcionários se recusassem a assinar, a empresa os deligaria.
Na terça-feira (16), o sindicato trabalhista fez um comunicado exigindo que a empresa parasse com as investigações, e fizesse um pedido de desculpas aos seus funcionários.
O sindicato explicou que a investigação violou as informações pessoais dos funcionários e seus direitos humanos básicos. Também afirmou que o processo de obtenção do consentimento do funcionário foi “violento, ao ponto de poder ser considerado como bullying no local de trabalho”.
Desde o final de dezembro, veículos de mídia locais relataram que a aquisição da FreeNow pela Kakao Mobility está prestes a fracassar. No entanto, a Kakao afirma que só algum funcionário poderia ter vazado essa informação.
Interesse da empresa em expandir internacionalmente
A Kakao Mobility está tentando adquirir uma participação de 80% na empresa alemã, que possui uma participação dominante nos mercados de táxi da Europa. Ou seja, o foco é uma expansão internacional da Kakao.
Mas está havendo um debate com os valores da FreeNow, que estimam em 297,3 milhões de dólares. A gigante sul coreana acha o valor muito alto levando em consideração que haverá mais encargos financeiros, já que a União Europeia ampliou as restrições em relação às plataformas de trabalho digitais.
Foto destaque: táxi afiliado a Kakao Mobility, Coreia do Sul. Reprodução/TheKoreaTimes