Japão reivindica território tomado pela Coreia do Sul
Uma cerimônia anual é realizada desde 2005 em Shimane para tomar de volta um conjunto de ilhotas. Há 19 anos o Japão reivindica território tomado pela Coreia do Sul
O Japão ocidental realizou nesta quarta-feira (21), uma cerimônia anual para reivindicar um grupo de ilhotas tomados pela Coreia do Sul. O grupo de ilhas fica no mar do Japão, mas foi invadido pelo país vizinho em 1954. A relação entre estes países orientais é de muito atrito, mas vem melhorando nos últimos anos. A prefeitura japonesa de Shimane organizou o evento para resolver essa disputa territorial de forma pacífica.
As ilhotas têm uma área total de 0,2 quilômetros quadrados e estão localizadas a cerca de 200 km de cada país. Consistem em rochas vulcânicas com pouca vegetação e água potável. Mas estão localizadas em boas áreas de pesca. “Takeshima é um território inerente do Japão“, disse Tatsuya Maruyama, governador de Shimane, ele ainda enfatizou que o governo da prefeitura irá dedicar mais esforços para “assegurar os direitos territoriais” às ilhotas e realizar estudos de pesquisa no local.
Shojiro Hiranuma, vice-ministro parlamentar do Gabinete, declarou que não pode tolerar a ocupação ilegal da Coreia do Sul. Além disso, ele acrescentou que o governo local visa a solução pacífica do conflito por meio de negociações diplomáticas conforme as leis internacionais. O governo de Shimane designou 22 de fevereiro como “Dia de Takeshima” em 2005. Nos últimos 19 anos, eles organizaram o evento comemorativo para tentar recuperar os territórios.
Interesses em comum
O Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Sul convocou Taisuke Mibae, vice-chefe da missão na Embaixada do Japão em Seul, para apresentar uma reclamação à Coreia do Sul sobre o evento de Shimane. Além disso, o Japão tem interesse em estreitar os laços entre as nações. Já que, para além do aliado em comum (Estados Unidos), ambas têm desafios em comum, principalmente com as armas nucleares da Coreia do Norte.
Foto destaque: O presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol (esquerda) e o primeiro-ministro japonês Fumio Kishida em coletiva de imprensa conjunta em Tóquio, Japão, em 16 de março de 2023. Reprodução/g1