Japão inicia testes para semana com quatro dias de trabalho
Proposta faz com que trabalhadores no Japão optem por dias de trabalho mais longos em troca de uma folga adicional durante a semana
As prefeituras do Japão estão começando a testar a semana de trabalho com apenas quatro dias, com previsão de implementação iniciada em abril deste ano. Esse modelo permite que os trabalhadores optem por dias de trabalho mais longos, garantindo uma folga adicional durante a semana. Além do Japão, outros países como Islândia, Nova Zelândia, Espanha e China adotaram essa nova escala. Essa tendência reflete uma mudança global em direção a horários de trabalho mais flexíveis, com o intuito de melhorar o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal.
Os benefícios
Em 2019, a Microsoft Japão conduziu um experimento com um formato de quatro dias úteis, que durou um mês no mês de agosto. Neste experimento, como resultado, identificou-se que, com a diminuição das horas de trabalho, a produtividade aumentou em 40%. Além disso, 92,1% dos funcionários aprovaram a semana de trabalho de quatro dias no período. Essa mudança também contribuiu para reduzir o estresse e melhorar o gerenciamento do tempo, permitindo um equilíbrio mais saudável entre vida pessoal e profissional. Por exemplo, facilitou tarefas como buscar e levar os filhos à escola, além de permitir que os funcionários se dedicassem ao autodesenvolvimento.
O governador de Ibaraki, Kazuhiko Oigawa, expressou suas ambições para o programa, afirmando: “Gostaríamos de criar um local de trabalho que possa servir como um modelo para novas formas de trabalhar”. Na Província de Ibaraki, lançaram a semana de trabalho de quatro dias opcional em abril, tornando todos os funcionários da prefeitura elegíveis, exceto professores e trabalhadores por turnos. Além disso, a cidade de Chiba vai implantar o programa a partir de Junho, juntamente com Kuji que está planejando teste de uma semana de trabalho de quatro dias a partir de maio, com a intenção de implementar completamente o sistema no ano de 2025.
Lado negativo?
Essa preocupação com o impacto nas operações devido aos longos dias de trabalho é compartilhada por alguns funcionários locais. Eles temem que isso possa levar a uma redução da produtividade e a um aumento da carga de trabalho. No japão e comum ver pessoas dormindo na rua, metrô e restaurantes devido a exaustão.
Por outro lado, em resposta a esses desafios, o governador de Akita, Norihisa Satake, enfatizou a necessidade de uma abordagem realista para a reforma do trabalho. Em março, ele comentou: “Todas as tarefas e trabalhos que precisam ser feitos não vão desaparecer magicamente. Não é tão fácil”. Adicionalmente, ele também mencionou planos para melhorar a taxa de uso de dias de férias anuais pelos funcionários.
Foto Destaque: Pessoas indo para o trabalho. Reprodução/Wise