Índice de liberdade de imprensa da Coreia caiu para o 62° lugar
A posição da Coreia do Sul no índice anual global de liberdade de imprensa sofreu uma queda significativa, agora ocupando o 62º lugar
De acordo com a lista divulgada pela ONG Repórteres Sem Fronteiras na última sexta-feira, a Coreia do Sul ficou classificada como um dos países problemáticos, ao lado da Itália (69,8), Estados Unidos (69,8) e Japão (62,12), com 64,87 pontos em 100. A posição da Coreia do Sul no índice global anual de liberdade de imprensa caiu consideravelmente para o 62º lugar, em comparação com o 47º lugar do ano anterior. Em contrapartida, o ranking destacou a Coreia do Norte como um dos países mais hostis aos jornalistas.
Com base na análise sobre o nível de liberdade experimentado pelos profissionais de mídia em 180 países e territórios, a organização classifica esses países em cinco categorias: boa (85-100), satisfatória (70-85), problemática (55-70), difícil (40-55) e muito séria (0-40). O relatório destaca: “Embora os jornalistas possam trabalhar em condições geralmente satisfatórias na Coreia do Sul, às vezes são alvo de assédio online, uma prática para a qual têm pouca proteção. Cerca de 30% dos jornalistas que participaram da pesquisa de 2023 da Korea Press Foundation relataram ter sido vítimas de assédio relacionado à sua profissão.”
Jornalistas assediados não obtiveram apoio de seus empregadores
“O assédio mais comum ocorreu por meio de chamadas telefônicas, mensagens de texto e e-mails. No entanto, comentários maliciosos de ‘trolls’ da Internet e ações judiciais também foram frequentes. Mais de 40% dos jornalistas assediados afirmaram não ter recebido apoio adequado de seus empregadores, ressaltando a necessidade de assistência legal”, acrescentou. A Coreia do Norte ficou em 177º lugar, depois da Eritreia, Síria e Afeganistão. China e Rússia, classificadas em 172º e 162º lugar, respectivamente, também estavam entre os países que ficaram próximos ao final da lista.
Ainda de acordo com o relatório, devido à busca do regime por completo isolamento do mundo, jornalistas foram detidos e expulsos. Posteriormente enviados para campos de trabalho forçado e até mesmo mortos por divergirem da narrativa do partido. No ano de 2017, o governo chegou a condenar jornalistas sul-coreanos à morte à revelia, simplesmente por discutirem sobre a situação econômica e social do país.
Foto Destaque: Liberdade de imprensa na Coreia do sul cai para 62º lugar em ranking. Reprodução/ PortalRodadeCuia