Incêndio na fábrica de baterias de lítio da Aricell em Hwaseong, Gyeonggi, já resultou em 22 mortes confirmadas
Um incêndio na fábrica de baterias de lítio da Aricell, em Hwaseong, Gyeonggi, resultou em pelo menos 22 mortes confirmadas até o momento, segundo as autoridades locais. O fogo, que começou por volta das 10h31 desta segunda-feira (24) no segundo andar de um prédio de três andares em Seosin-myeon, Hwaseong, causou grande comoção e mobilizou equipes de resgate. Os bombeiros de Gyeonggi confirmaram a recuperação de 21 corpos no local, enquanto uma pessoa morreu a caminho do hospital devido a uma parada cardíaca. O incêndio também deixou oito feridos, dos quais dois estão em estado crítico. Entre as vítimas fatais, 20 são estrangeiros, incluindo 18 chineses, um laosiano e um não identificado.
As autoridades acreditam que, dos 108 funcionários presentes na planta no dia do incêndio, cerca de 70 estavam no prédio onde o fogo começou. Enquanto a maioria dos trabalhadores no primeiro andar conseguiu evacuar, muitos no segundo andar ficaram presos. Um trabalhador de 24 anos do Sri Lanka, testemunha do incêndio, descreveu o fogo como uma explosão atômica.
As autoridades emitiram uma resposta de emergência de nível 2 às 10h54, mobilizando 68 equipamentos e cerca de 159 bombeiros. No entanto, enfrentaram desafios significativos devido à natureza explosiva das baterias de lítio. O incêndio foi contido por volta das 15h10, permitindo a entrada das equipes de resgate que encontraram os corpos.
As investigações preliminares sugerem que o incêndio pode ter começado em uma célula de bateria, conforme relato de um funcionário que trabalhava no segundo andar. Em resposta ao incidente, agências investigativas formaram uma equipe conjunta de polícia e promotores para investigar o incêndio, considerando-o um desastre sério com numerosas vítimas. Enquanto isso, o Presidente Yoon Suk Yeol emitiu uma diretiva de emergência, ordenando a mobilização total de pessoal e equipamentos para a busca e resgate das pessoas no edifício, enfatizando também a segurança dos bombeiros. Ele visitou o local mais tarde, oferecendo condolências às famílias das vítimas.
O Ministro do Interior e Segurança, Lee Sang-in, formou uma Sede Central de Contramedidas de Segurança e Desastres, uma força-tarefa dedicada a coordenar a resposta a desastres de grande escala. Dentre tais medidas, pode-se mencionar o apoio às famílias enlutadas, oferecendo suporte com voos e alojamento, além de aconselhamento jurídico e de seguro. Ele destacou a importância da colaboração entre agências e governos regionais para evitar novas perdas de vidas no incêndio.
Além disso, o ministro também pediu um esforço máximo nas operações de combate ao fogo e resgate. Ainda mais, o primeiro-ministro Han Duck-soo também instruiu o ministro das Relações Exteriores a estabelecer canais de cooperação com embaixadas estrangeiras, considerando que trabalhadores estrangeiros estariam entre as vítimas do incêndio.
Kim Jae-ho, professor de Prevenção de Incêndios e Desastres da Universidade de Daejeon, afirmou que o fogo se espalhou rapidamente, impedindo a fuga dos trabalhadores. “Materiais de bateria como níquel são altamente inflamáveis” explicou. “Por isso, há menos tempo para reagir, comparado a incêndios causados por outros materiais”. A produção de baterias envolve o uso de materiais altamente tóxicos. “O fato de haver tantas vítimas, mesmo com o fogo apenas no segundo andar, deve-se aos materiais tóxicos e não tanto às queimaduras”, afirmou Park Chul-wan, da Universidade de Seojeong.
Havia pelo menos 35 mil unidades de baterias dentro da fábrica, algumas das quais com potencial de explodir. As autoridades disseram que os bombeiros na fase inicial tiveram dificuldades porque o incêndio nas baterias de lítio não pôde ser extinto com água. Ademais, as autoridades explicaram que as chamas reacendidas e os gases tóxicos emitidos pelas baterias em chamas dificultaram a extinção do incêndio e o resgate dos trabalhadores presos no interior do edifício.
Fundada em 2020, a Aricell, baseada na Coreia do Sul, fabrica baterias primárias de lítio para sensores e dispositivos de comunicação por rádio. A Aricell não está listada na bolsa de valores da Coreia do Sul, mas é majoritariamente controlada pela S-Connect, segundo o relatório regulatório da empresa. A S-Connect está registrada no índice Kosdaq e suas ações fecharam em queda de 22,5%. As ligações para os escritórios da Aricell não foram atendidas.
Foto destaque: Fachada da Aricell, fábrica de baterias de lítio, após incêndio. Reprodução / Reuters
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